À CPI, empresário confessa que recebeu informação para apostar em Paquetá e Luiz Henrique
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Nesta terça-feira (26), em depoimento prestado à Comissão Parlamentar de Inquérito da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas (CPIMJAE), o ex-jogador de futsal e empresário Bruno Lopez de Moura, apontado como um dos líderes da Operação Penalidade Máxima, especializada na manipulação de apostas esportivas, admitiu envolvimento no esquema, mas negou ser o líder do grupo criminoso.
Ainda, durante o interrogatório, que foi realizado por videoconferência, Lopez afirmou que recebeu informações de que os jogadores Luiz Henrique, do Botafogo e que atuava pelo Real Bétis, e Lucas Paquetá, do West Ham, receberiam cartões amarelos em seus respectivos jogos, na LaLiga e na Premier League.
"Chegou o nome dos dois, eu apostei e aconteceu. Se foi proposital ou não...", deixou em aberto Lopez. Quando questionado pelo relator da CPIMJAE, senador Romário (PL-RJ), se ele apostou porque sabia que Paquetá e Luiz Henrique receberiam os cartões, o empresário confirmou, respondendo que sim. "Uma terceira pessoa me falou para apostar, tanto em um, quanto no outro, e eu apostei", destacou.
No entanto, apesar de ter apostado, e os resultados acontecerem como previsto, Bruno disse que não poderia afirmar se o recebimento dos cartões pelos atletas foi proposital ou não. As informações são da Agência Senado. O vídeo em que Lopez afirma sobre o recebimento dos cartões dos jogadores pode ser acessado aqui.
R$ 720 mil em apenas uma rodada com manipulação
Ainda, o empresário afirmou que se tornou "bode expiatório" no caso de manipulação e disse que havia "gente graúda" acima dele, entre eles, o empresário Thiago Chambó. Segundo Bruno, ele não tinha acesso às operações de manipulação, apenas ia atrás dos jogadores. O empresário também confirmou que, como falava diretamente com os jogadores, era ele quem fazia o pagamento para os jogadores cooptados.
Moura também relatou que chegou a lucrar R$ 720 mil com a manipulação em apenas uma rodada: "Na primeira oportunidade que eu arrumei um atleta para eles, deu errado. E eu fiquei com uma dívida de R$ 100 mil com esse pessoal. Eu não tinha como pagar. Foi onde eu arrumei outros jogadores. E aconteceu a operação dos R$ 720 mil. De uma dívida de R$ 100 mil veio um lucro de R$ 720 mil. Pagando os jogadores, veio um lucro de R$ 200 mil e pouco para mim. Meus olhos brilharam", destacou, à CPI.
Lopez também opinou que a proibição de apostas em eventos específicos, como cartões e pênalti, por exemplo, seria uma forma eficaz de dificultar a manipulação de resultados, já que, segundo ele, "é muito fácil combinar com o jogador para ele levar um cartão”.
(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)