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Apostador é condenado por fraudar Bet365 com múltiplas contas para ganhar bônus

Apostador é condenado por fraudar Bet365 com múltiplas contas para ganhar bônus

Bruno Pessa Bruno Pessa
Apostador é condenado por fraudar Bet365 com múltiplas contas para ganhar bônus
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A bet365 é uma das maiores casas de apostas do mundo. Tem mais de 90 milhões de clientes e a maior cobertura de eventos. A empresa atua no Brasil por décadas e é reconhecida mundialmente.

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O britânico Jon Howard, de 40 anos, foi condenado recentemente a 5 anos de prisão por duplo crime de fraude, contra a Bet365 e o banco Santander, conforme reportam sites estrangeiros que cobrem o universo de apostas e jogos online.

Ele fraudou a gigante das apostas esportivas por representação falsa: criou mais de mil contas, utilizando dados de outras pessoas, para obter fundos de bônus e multiplicar sua operação. 

Entre 2010 e 2018, Howard lucrou cerca de 236 mil libras (o equivalente hoje a R$ 1,48 milhão) com essa operação e os resultados de suas apostas. Os “laranjas” do esquema cediam seus dados pessoais com consentimento, mediante participação em 10% dos lucros. 

Violou Termos e Condições da Bet365?

Diferentemente da maioria dos casos de fraude, Howard não foi enquadrado por lavagem de dinheiro. E curiosamente, resta dúvida se sua operação de fato fraudou os termos e condições da Bet365.

Durante o julgamento, sua defesa argumentou que os T&C da Bet365 permitiam que os clientes fizessem apostas em seu nome por uma pessoa indicada. A casa refutou alegando que a condição se aplicava apenas a casos em que o cliente que indicava era inapto a apostar devido a "incapacitação".

Ao que a defesa respondeu que o requisito de incapacitação não foi explicitamente declarado nos termos. Uma pesquisa nos Termos e Condições atuais da bet365 mostra a seguinte cláusula:

“Se você nomear outra pessoa como usuário autorizado de sua conta, será responsável por todas as transações que essa pessoa fizer usando os detalhes relevantes da conta”.

O regramento da Bet365 ainda sugere que os clientes podem nomear outra pessoa para fazer apostas em seu nome, indicando que as ações de Howard provavelmente eram permitidas. A defesa acrescentou que o cliente não poderia ser condenado por representação falsa porque obteve os dados de várias contas com consentimento. Porém, o apostador foi declarado culpado.

Como a Bet365 descobriu a fraude

Howard parou de atuar com suas múltiplas contas em 2018 e, para liberar fundos que estavam congelados, iniciou processo judicial contra a Bet365 para desbloquear a quantia. Mas deu entrada na Justiça com os dados pessoais de outro apostador. 

Há controvérsia se o apostador envolvido na ação judicial sabia do expediente de Howard, porém o fato é que contatou a equipe de fraude da Bet365 afirmando que não tinha conhecimento do processo acionado em seu nome.

A Bet365 então encaminhou a reclamação para investigação policial. Como resultado, a polícia varreu a casa de Howard em 2019 e recolheu 177 cartões telefônicos usados para verificar as contas múltiplas, como exige o site de apostas, além de vários itens de luxo produtos de atividades criminosas.  

Ganhos de apostas como “salário”

A condenação do apostador britânico por fraude hipotecária contra o banco Santander também deriva de apostas. Ao obter uma renda estável como apostador, Howard declarou parte de seus ganhos como "salário" proveniente de um trabalho forjado, para oferecer legitimidade aos olhos dos credores hipotecários.

Essa “maquiagem” foi facilitada por Daniel Gorman, amigo de Howard e proprietário de uma empresa de recrutamento, que “empregava” Howard mediante salário anual de 30 mil libras - valor que na verdade foi pago por Howard a Gorman em dinheiro. O esquema permitiu a Howard declarar e pagar impostos sobre esses ganhos, credenciando-se para obter uma hipoteca. 

Gorman também foi condenado, com sentença de 16 meses de prisão, suspensa por 12 meses, e 100 horas de trabalho não remunerado. Condenado a 5 anos pelas duas penas, Howard está detido e requereu recurso para novo julgamento, cujo mérito ainda não foi analisado. Caso o recurso não seja bem-sucedido, o prejuízo do apostador pode ser também financeiro, de ordem ainda maior do que as milhares de libras embolsadas na época de “apostas gordas” na Bet365. 

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