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Apostas esportivas geram R$ 3 bilhões em patrocínio e publicidade no Brasil por ano

Apostas esportivas geram R$ 3 bilhões em patrocínio e publicidade no Brasil por ano

Josias Pereira Josias Pereira
Apostas esportivas geram R$ 3 bilhões em patrocínio e publicidade no Brasil por ano
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A ex-patrocinadora de São Paulo e Flamengo é conhecida pelas odds turbinadas. Seu layout incrível e fácil de usar agrada apostadores novos e experientes.

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Desde o início do ano, as apostas esportivas estão em destaque para o Governo Federal, que prepara uma Medida Provisória para regulamentar os sites e operações no país. Enquanto isso, o Ministério Público de Goiás descobriu um esquema de manipulação de resultados, que atingiu os Campeonatos Brasileiros das Séries A e B, além de Campeonatos Estaduais.

Os dois temas vêm gerando preocupação em clubes e na CBF, já que o segmento de apostas esportivas se tornou bastante relevante como fonte de receitas do futebol. A estimativa é de que o setor invista R$ 3 bilhões em patrocínios e publicidade por ano no Brasil. Esse valor considera as exposições em camisas de times, placas de campeonatos e espaços na mídia, como TV, sites e vídeos de Youtube.

Essa estimativa de R$ 3 bilhões é do Governo Federal, que levantou dados sobre o setor de jogos para a regulação. Em campeonatos nacionais e estaduais, o segmento de apostas esportivas tornou-se o principal investidor em placas de publicidade. Além disso, vale lembrar que os próprios campeonatos da CBF, como a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro da Série B, têm o naming rights vendidos para casas de apostas.

A avaliação na cúpula da CBF é de que o problema de manipulação em jogos foi gerado pela demora do Governo Federal em regular o setor. A lei que legalizou as apostas esportivas é de 2018, mas o governo de Jair Bolsonaro não fez a regulamentação do setor, o que, na visão da CBF, causou o problema atual. Recentemente, os próprios clubes foram ao Ministério da Economia para falar sobre a regulação de apostas, com receio de que as novas regras afetem suas receitas.

A principal preocupação das equipes de futebol é em relação aos patrocínios, já que grande parte dos espaços máster das camisas é ocupado por casas de apostas. Sendo assim, espera-se que não aconteça uma restrição de publicidade, como foi feito na Premier League, onde as casas de apostas serão proibidas de ser estampadas no local mais nobre das camisas dos clubes a partir de 2025.

Vale destacar que a CBF possui uma parceria com a empresa de auditoria Sportsradar, para monitorar as apostas e identificar possíveis irregularidades. Relatórios são enviados a órgãos de investigação públicos e ao STJD. Entretanto, segundo membros da Justiça Desportiva, os relatórios são pouco consistentes para iniciar investigações, que necessitam do poder de polícia para avançar em apurações.

Além disso, as casas de apostas ressaltam que são prejudicadas pela manipulação de jogos, afinal, quando isso acontece, elas perdem dinheiro. Apostas em cartões amarelos, escanteios ou pênaltis, que são muito populares nos sites, são alvos fáceis para gerar esquemas criminosos, mais do que alterar placares, vitórias e derrotas.

A exposição da extensão do esquema de manipulação de jogos gera um dilema para o futebol. O Governo Federal, a CBF, os clubes, e a mídia, perdem com qualquer restrição de patrocínios aos sites de apostas, que movimentam o setor esportivo. Ao mesmo tempo, se a manipulação de jogos não for contida, o futebol brasileiro está ameaçado pela perda de credibilidade com o principal ativo do mercado, o público torcedor.