Apostas movimentaram R$ 1 trilhão nos EUA após regulamentação do setor
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Os apostadores nos Estados Unidos gastaram mais de U$S 220 bilhões (R$ 1,09 trilhão) em apostas esportivas legais nos últimos cinco anos, desde que a Suprema Corte liberou a atuação do setor nos 50 estados do país. Além disso, o lucro das operadoras foi de US$ 17 bilhões (R$ 84,2 bilhões), e o governo arrecadou cerca de US$ 3,6 bilhões (R$ 17,8 bilhões) com impostos no período.
Esse valor de US$ 220 bilhões (R$ 1,09 trilhão) inclui apostas feitas até o final de março de 2023, na maioria dos estados dos EUA, de acordo com a American Gaming Association, o grupo nacional da indústria de jogos de azar no país. O montante está acima dos US$ 125 bilhões (R$ 619,4 bilhões), valor que marcou os quatro anos da regulamentação do setor na região. Com isso, apenas no ano de 2022, foram apostados U$S 95 bilhões (R$ 470,7 bilhões) no país.
Um dos fatores que faz a indústria ter esse rápido crescimento foi a publicidade, que chega aos lares estadunidenses durante eventos e programas esportivos. Duas empresas, FanDuel e Draft Kings, controlam mais de 70% do mercado legal de apostas esportivas nos EUA, de acordo com a empresa de análise de jogos de azar Eilers & Krejcik. Em análise dos últimos 12 meses, até fevereiro de 2023, a FanDuel teve cerca de 46% do mercado, enquanto a DraftKings representou mais de 25%. A BetMGM teve quase 12% de participação no setor, e o Caesars Entertainment apareceu em seguida com 6,7% .
Jason Robins, CEO da DraftKings, comentou os números, alertando que o setor ainda tem um longo caminho a percorrer:
“Embora a legalização das apostas esportivas tenha levado até agora a números notáveis, esse setor ainda está longe de estar totalmente concretizado. As apostas legais já fazem parte da cultura esportiva convencional e prevejo que essa tendência crescerá, à medida que a aceitação aumentar. A facilidade para os fãs fazerem uma aposta ao vivo durante um jogo, por exemplo, é semelhante a outros recursos facilitados por smartphones, como chamar um carro por aplicativo, comprar uma ação ou reproduzir um podcast.”
Vale destacar que os ganhos das empresas de apostas nos últimos cinco anos é de US$ 17 bilhões (R$ 84,2 bilhões), de acordo com a American Gaming Association. No mesmo período, os impostos sobre o setor geraram quase US$ 3,6 bilhões (R$ 17,8 bilhões) aos cofres públicos, US$ 3 bilhões (R$ 14,8 bilhões) para os governos estaduais e locais, e US$ 570 milhões (R$ 2,8 bilhões) para o governo federal.
“As apostas esportivas salvaram o dia”, disse Jeff Gural, que opera uma casa de apostas FanDuel, em Nova Jersey.
Entretanto, nem tudo são flores, como demonstra Keith Whyte, diretor executivo do National Council on Problem Gambling, que diz que as ligações para a linha de ajuda com problemas com jogos aumentaram 15% nos últimos cinco anos. Além disso, vários jogadores da NFL foram suspensos por realizarem apostas em jogos, e algumas faculdades parceiras de ligas esportivas comercializaram ilegalmente apostas esportivas para estudantes menores de 21 anos. Tudo isso traz um alerta e leva as ligas e as empresas de jogos e apostas a revisar suas políticas.
No entanto, para os próximos cinco anos, Chris Krafcik, da Eilers & Krejcik, prevê acordos multifacetados entre times, ligas e estádios, e entre operadoras de apostas e companhias de mídia, cadeias de hotéis e empresas de bebidas. Krafcik disse que os operadores podem desenvolver destinos de varejo com foco em usuários VIP e procurar expandir as apostas online em diversos fundamentos.
(Foto: geralt/Pixabay)