Auxílios-doença do INSS por vício em jogos cresceram 350% em três anos
Nos últimos três anos, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem concedido cada vez mais benefícios a pessoas com doenças mentais causadas por vício em álcool e em jogos. Em 2023, o INSS pagou benefícios a 36 pessoas por vício em jogos: um número considerado relativamente baixo, mas que representa um significativo aumento de 350%, desde 2020.
O crescimento acende um alerta sobre os riscos relacionados ao setor, já que, em 2020, o INSS pagava apenas oito auxílios-doença referentes ao vício em jogos. Em 2021, esse número subiu para dez, e, em 2022, chegou a onze. Já no ano passado, 36 pessoas foram beneficiadas com o auxílio-doença do Governo por vício em jogos, o que representou um aumento de 350% nos últimos três anos.
De acordo com o Ministério da Saúde, o transtorno “jogo patológico” acontece quando há “episódios repetidos e frequentes de jogo que dominam a vida do sujeito, em detrimento dos valores e dos compromissos sociais, profissionais, materiais e familiares”.
Vale destacar que, pela nova lei, que regulamenta as apostas esportivas e os jogos online no Brasil, o Governo Federal destinará 1% do valor arrecadado com as operações das casas de apostas no país, para o Ministério da Saúde. O objetivo é a implantação de programas que combatam e tratem o vício aos jogos de azar.
Ainda, os dados, que são da coluna do Guilherme Amado no Metrópoles, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, informam também que 4,3 mil pessoas receberam auxílio do Governo por vício em álcool, em 2023. Nos últimos três anos, a concessão do benefício aumentou 37%, já que, em 2022, esse número foi de 3,6 mil e, em 2021, foram 3,3 mil repasses destinados à pessoas diagnosticadas com alcoolismo. Em 2020, primeiro ano da pandemia de coronavírus, 3,1 mil pessoas receberam o benefício do INSS no país.
(Foto: lil artsy/Pexels)