Botafogo anuncia retirada de logo da PariMatch de produtos para menores de 18 anos
A Pari Match é uma casa de apostas relativamente nova aqui no Brasil, porém acumula experiência internacional e se tornou uma das principais marcas de apostas na África, Ásia, Europa e América Latina.
O Botafogo anunciou que vai restringir o uso da marca da sua patrocinadora máster, a casa de apostas PariMatch, em artigos esportivos voltados para crianças e adolescentes. A decisão do clube atende a um pedido da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, que notificou também Flamengo, Fluminense e Vasco.
O órgão solicitou aos clubes cariocas que eliminassem a exposição de publicidade de apostas em produtos destinados a torcedores menores de 18 anos. Vale lembrar que no início de outubro, a Coordenação de Infância e Juventude (CoInfância) e o Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da Defensoria Pública do Rio de Janeiro enviaram as solicitações aos quatro clubes grandes do Rio.
Segundo a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo, as camisas e demais artigos do clube sempre foram disponibilizados em lojas físicas e virtuais sem a logomarca da PariMatch, permitindo que o consumidor decidisse se queria ou não inserir a marca do patrocinador máster. No entanto, a partir de agora, a opção do logo da casa de apostas não estará mais disponível para produtos voltados a crianças e adolescentes.
Ainda, o Botafogo declarou que a mudança será válida para todos os produtos voltados para crianças e jovens, incluindo modelos de coleções anteriores. A decisão será implementada em todos os canais de vendas do clube, nos meios físico e online. Os outros três clubes notificados, Flamengo, Fluminense e Vasco, que mantêm acordos com Pixbet, Superbet e Betfair, respectivamente, ainda não se manifestaram sobre o assunto.
"A Defensoria recebeu com satisfação a medida adotada pelo Botafogo para fazer cumprir a legislação que protege a infância e a juventude. Se não houver um atendimento à nossa recomendação, a questão pode ser levada ao Poder Judiciário, mas o que se espera de todos os clubes é o cumprimento da lei e a sensibilidade e a observância de sua função social, de integrar e educar pelo esporte", destacou Rodrigo Azambuja, coordenador de Infância e Juventude da Defensoria Pública, em entrevista ao Extra.
(Foto: Arthur Barreto/Botafogo)