Bulgária discute proibição nacional de publicidade de jogos de azar e apostas
Dois grupos políticos na Bulgária movimentam-se pela proibição da publicidade de jogos de azar no país. O Movimento pelos Direitos e Liberdades (MRF) e os Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB), partidos políticos centralistas e de direita centralista, respectivamente, apresentaram uma proposta de alteração à Lei do Jogo.
A emenda limitaria a abertura de locais de jogos de azar em cidades com menos de 5 mil habitantes e também proibiria a exibição de qualquer publicidade relacionada a jogos de azar em meios físicos e on-line, como televisão, outdoors, revistas ou mídias sociais.
"Não é nenhum segredo que nos últimos três anos, os vícios relacionados ao jogo aumentaram extremamente em nossa sociedade", declarou Temenuzhka Petkova, vice-presidente do GERB.
"Isso exige que medidas apropriadas sejam tomadas para limitar essa influência", acrescentou Petkova.
A proposta também foi liderada pelo vice-presidente do Grupo Parlamentar do MRF, Yordan Tsonev. O projeto de lei foi apresentado à Assembleia Nacional em 24 de abril e visa proteger os jovens dos danos associados à ludopatia, o vício em jogos de azar.
No entanto, a Bulgária não é o único país que pretende proibir anúncios de jogos de azar. Várias nações já caminharam no mesmo sentido, incluindo Bélgica, Polónia e Itália.
A ideia ganhou força quando a Autoridade de Jogos da Holanda, Kansspelautoriteit (KSA), publicou os seus números de 2023 e revelou que a proibição de anúncios se traduziu num crescimento de 28% nos resultados brutos de jogos da indústria iGaming, capitalizando uma receita total de 1,39 milhões de euros (cerca de R$ 7,7 milhões na cotação atual).
(Pixabay/Divulgação)