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CBF garante que não vai paralisar campeonatos e solicita investigações da Polícia Federal
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou um ofício nesta quarta-feira (10), ao Presidente Lula e ao Ministério da Justiça, solicitando apurações da Polícia Federal nas investigações da Operação Penalidade Máxima.
Vale destacar que, também nesta quarta-feira (10), o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou denúncia contra 16 pessoas envolvidas nos esquemas de manipulação de jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de futebol 2022, e das competições estaduais de 2023. Foram denunciados atletas, aliciadores e apostadores, e três pessoas já foram presas, com a possibilidade de mais prisões nos próximos dias.
Ednaldo Rodrigues, Presidente da CBF, reiterou o papel da entidade na integridade do esporte, em conjunto com outras associações. Além disso, ele defendeu a punição dos atletas envolvidos, nas esferas esportiva e criminal:
“Venho trabalhando em conjunto com a FIFA, (com as) demais entidades internacionais, além de clubes e federações brasileiras, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de crime, fraude ou ilícito dentro do futebol. Defendo a suspensão preventiva baseada em suspeitas concretas e até o banimento do esporte em casos comprovados. Quem comete crimes não deve fazer parte do futebol brasileiro e mundial.”
Ainda, Ednaldo Rodrigues garantiu que não haverá paralisação dos campeonatos em andamento, nem a anulação de jogos suspeitos ou investigados do ano passado. Ademais, o dirigente disse que a CBF, por ser a organizadora das competições onde houve a manipulação, é vítima e deseja ver os envolvidos punidos. Ednaldo disse ainda que a confederação soube do assunto informalmente, por meio de notícias veiculadas pelos meios de comunicação.
“A CBF ressalta, ainda, que não há qualquer possibilidade de a competição atual ser suspensa. E vem trabalhando em conjunto com a FIFA e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação. Vale lembrar que a entidade, que igualmente é vítima destes possíveis atos criminosos, não foi, até o momento, oficialmente informada pelas autoridades sobre os fatos.”. - informa a entidade, em nota.
Vale lembrar que, em 2005, após escândalo de corrupção envolvendo o árbitro Edílson Pereira de Carvalho, que também envolvia manipulação de partidas visando ao lucro de criminosos nas apostas, a CBF anulou 11 jogos, que foram disputados novamente. Entretanto, o que foi descoberto até agora pelo MP-GO na Operação Penalidade Máxima, apresenta pouca interferência no placar direto dos jogos, como o recebimento de cartões e o número de escanteios.
Ainda assim, em carta enviada ao Ministério da Justiça, a CBF reitera o seu desejo de que, os envolvidos que sejam identificados, sejam severamente punidos.
“A CBF ressalta que, tão logo estejam comprovados os fatos, espera que as sanções cabíveis por parte do STJD sejam tomadas de forma exemplar. Mais uma vez, a entidade reforça que o campeonato não será suspenso, mas defende que a punição de atletas e demais participantes do esquema de fraudes aconteça de forma veemente.”, - finalizou a CBF.
