CPI das apostas esportivas será composta por 34 deputados e terá Carreras como relator
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das apostas esportivas, foi instaurada na última semana, após a leitura do requerimento pelo Presidente da Câmara, Arthur Lira. A CPI terá como relator o deputado Felipe Carreras, que foi o parlamentar que recolheu as 205 assinaturas para que o movimento saísse do papel.
Vale lembrar que a proposta surgiu após a primeira fase da Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás, que, inicialmente, investigava a manipulação de jogos da última rodada da Série B do ano passado. Entretanto, enquanto a CPI já estava protocolada na Câmara, o MP-GO passou a investigar também partidas da Série A do Campeonato Brasileiro e de quatro Campeonatos Estaduais.
Ao todo, a Comissão contará com 34 deputados, que deverão ser designados por membros das lideranças partidárias para dar início aos trabalhos, o que deve ocorrer na próxima semana.
As CPIs têm poderes de investigação semelhantes às das autoridades judiciais e podem convocar pessoas para audiências, requisitar documentos e quebrar sigilos, desde que as medidas sejam aprovadas pela maioria dos membros. A CPI é considerada temporária e tem a duração inicial de 120 dias, podendo ser prorrogada por mais 60 dias, mediante deliberação em Plenário, para a conclusão dos trabalhos.
Ainda, vale destacar, na justificação do pedido de CPI, Carreras citou que a Sportradar, agência de monitoramento de apostas esportivas, identificou, entre janeiro e outubro de 2022, mais de 130 partidas de futebol suspeitas de manipulação, a maioria em divisões inferiores.
Entretanto, A CPI, deixa de fora o risco de manipulação em jogos de outras modalidades, como basquete, vôlei e tênis, que também estão listadas em sites de apostas. Carreras defendeu que a CPI deve se concentrar no futebol porque este esporte "tem um papel significativo na formação da identidade nacional brasileira".