Datahub e CNN apontam que setor de apostas online cresceu 734,6% desde 2021 no Brasil
O setor de apostas esportivas e jogos é um dos que mais cresce no Brasil. Os números comprovam os avanços registrados pelo mercado. De acordo com levantamento da plataforma de análise de dados Datahub, cedido com exclusividade à CNN, a indústria iGaming cresceu 734,6% entre 2021 e abril deste ano.
Quando do início do levantamento, o Brasil possuía 26 empresas do setor em operação. Em 2002, o número chegou a 79 plataformas, representando um aumento de 203%. O gráfico de ascensão ganhou dados surpreendentes nos quatro primeiros meses deste ano. Foram abertas a mesma quantidade de companhias existentes em 2022.
Alguns pontos beneficiaram as casas de apostas, especialmente o isolamento social imposto pela pandemia de COVID-19. Para os especialistas, a tecnologia, as ferramentas práticas e os meios digitais popularizam o mercado.
"Antes o negócio era restrito às casas lotéricas. Agora há uma maior acessibilidade pelo smartphone", declarou Jhon Macario, analista de marketing e pesquisa da Datahub.
A tendência também entrega o perfil do consumidor deste marcado. De acordo com a Datahub, 59,8% dos apostadores têm de 22 a 36 anos, sendo a principal faixa de idade deste público.
“A geração mais nova é muito conectada ao eletrônico, se deslocar para apostar nem passa pela cabeça”, disse Felipe Mesquita, executivo de contas da Datahub.
Mas vários outros setores da economia nacional são beneficiados com a expansão do mercado das apostas esportivas e jogos de azar, como aponta André Gelfi, presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável.
"O setor movimenta bilhões de reais, gera milhares de empregos e, no momento, está extremamente aquecido, em especial depois da regulamentação do governo federal, no final do ano passado", pontuou Gelfi.
O presidente do IBJR, todavia, atentou para o processo de amadurecimento do setor após a regulamentação estabelecida pelo Governo Federal.
“É preciso verificar os erros e os acertos, e evoluir para outras propostas a partir das dificuldades que o mercado encontrar”, diz. “A tendência é que cresça mais ainda e movimente diversos setores”, concluiu.
(Foto: Heiko Behn/Pixabay)