Deolane terá que cumprir prisão domiciliar, usar tornozeleira e não ter acesso a redes sociais
A advogada, empresária e influenciadora Deolane Bezerra foi solta nessa segunda-feira (9) após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Ela, todavia, seguirá cumprindo prisão domiciliar e vai utilizar uma tornozeleira eletrônica. A decisão também foi concedida a Maria Eduarda Filizola, esposa de Darwin Henrique da Silva, CEO e proprietário do Esportes da Sorte.
No cumprimento da prisão domiciliar, Deolane Bezerra deverá seguir uma série de medidas, que incluem a não utilização de redes sociais, a proibição do contato com outros investigados da operação que prendeu a influenciadora, e a não manifestação em meios de comunicação ou na imprensa.
Ao deixar a Colônia Penal Feminina do Recife por volta de 15h dessa segunda-feira, Deolane Bezerra foi carregada pelos fãs que aguardavam ansiosamente sua liberação.
Deolane é investigada por suspeita de envolvimento em uma suposta organização criminosa que atua em jogos ilegais e lavagem de dinheiro e que teria movimentado quase R$ 3 bilhões.
Para soltar Deolane, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão disse que ela é "primária, possui bons antecedentes" e que "seu trabalho é o sustento da sua família, bem como é mãe de uma criança com oito anos de idade".
"Inclusive, esta circunstância é de extrema relevância a partir do momento em que o Supremo Tribunal Federal, em decisão histórica, concedeu habeas corpus coletivo para "para determinar a substituição da prisão preventiva por domiciliar de gestantes, lactantes e mães de crianças de até 12 anos ou de pessoas com deficiência, em todo o território nacional", escreveu o magistrado, em referência a uma decisão de 2018 da Segunda Turma do STF.
Relembre o caso
- Deolane e a mãe foram presas na quarta-feira (4) na operação Integration, deflagrada na capital pernambucana e em outros quatro estados.
- A investigação foi iniciada em abril de 2023, para identificar e desarticular organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
- Conforme o inquérito, a suposta quadrilha usava várias empresas de eventos, publicidade, casas de câmbio, seguros e outras para lavagem de dinheiro feita por meio de depósitos e transações bancárias.
- Como a Folha de S.Paulo mostrou, um Lamborghini Urus ostentado nas redes sociais foi central para a prisão da influenciadora. O carro de luxo, comprado no segundo semestre de 2023, pertencia anteriormente à empresa Esportes da Sorte, apontada como principal agente no esquema investigado.
(Foto: Record/A Fazenda/Reprodução)