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Empresários denunciam funcionários viciados em jogos: "jogando até às 2h, 3h da manhã"

Josias Pereira Josias Pereira
Empresários denunciam funcionários viciados em jogos: "jogando até às 2h, 3h da manhã"
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Com o aumento das apostas esportivas no país, o que se observa também são casos que relatam o aumento no vício em plataformas de jogos. No mais recente caso que viralizou, Rafael Tenório, empresário, senador fora de exercício e ex-presidente do CSA, afirmou que os "jogos eletrônicos" estão levando trabalhadores a perder dinheiro e pedir ajuda financeira a seus empregadores para cobrir dívidas e pagar contas domésticas.

Tenório, dono de empresas com cerca de 2.000 funcionários em Alagoas, Rio Grande do Norte e Mato Grosso, divulgou um vídeo alertando sobre o problema entre seus funcionários, no início de maio. A postagem viralizou, com outros empregadores citando situações semelhantes Brasil afora, e foi tema de matéria no Uol.

"Estamos testemunhando uma epidemia silenciosa, onde a compulsão por jogos está minando a qualidade de vida e até mesmo afetando nossa capacidade de trabalhar e nos alimentar adequadamente", destacou o empresário, em vídeo postado em uma rede social.

Ao portal, Tenório afirmou que alguns trabalhadores utilizam até mesmo os celulares da empresa, que ficam emprestados com eles, para jogar. Muitas vezes, até de madrugada. Após sua publicação viralizar, o empresário foi procurado por outros empregadores, que relataram a mesma preocupação.

"Começamos a perceber um baixo rendimento de alguns funcionários que usam celular da empresa e fomos verificar: muitos deles ficavam jogando até às 2h, 3h da manhã. Havia um prejuízo emocional e, claro, no rendimento", afirmou o ex-senador.

Segundo Tenório, há relatos de trabalhadores com dívidas em bancos e devendo até para agiotas, porque estão comprometendo suas rendas com jogos.  De acordo com o empresário, há relatos de pessoas que afirmaram pensar em tirar a vida. Ele disse a situação "é muito mais grave do que se imaginava".

Vale destacar que a regulamentação das apostas esportivas no país prevê uma série de medidas para a manutenção do jogo responsável. Ainda, parte da arrecadação com o setor deverá ir para a Saúde, e o Governo estuda oferecer uma linha telefônica para apostadores, como fazem alguns países, ou algum tipo de serviço com profissionais de saúde mental do Sistema Único de Saúde (SUS), para combater a ludopatia.

(Foto: Mikhail Nilov/Pexels)