Homem processa Neymar e influencers e quer receber R$ 1 milhão após perder tudo na Blaze
A Blaze tem como credenciais um alto bônus de boas vindas e um elevado investimento em influenciadores, se colocando fortemente sobretudo nos jogos de cassino online
Um homem desempregado no RIo de Janeiro entrou com uma ação na Justiça contra o jogador Neymar, alegando que perdeu tudo o que vinha juntando há anos jogando na plataforma Blaze. O camisa 10 da Seleção Brasileira e do Al-Hilal, da Arábia Saudita, é um dos principais embaixadores da Blaze e teria influenciado o homem, por meio das redes sociais, a utilizar suas economias em jogos de azar. A notícia foi trazida pelo jornalista Gabriel Perline, em sua coluna no Gente IG.
O homem que ingressou na Justiça é Erick Amaro Pinheiro Paiva, residente no Rio de Janeiro. Ele pede que todas as partes envolvidas na ação paguem a ele de volta os R$ 62 mil que ele perdeu nas apostas, bem como uma indenização de R$ 1 milhão por danos morais.
Além de Neymar, ele também processou o youtuber Felipe Neto, e os influenciadores digitais Jon Vlogs, Juju Ferrari e Nanna Chara. Estão arroladas na ação judicial as empresas Blaze (casa de apostas em que ele perdeu todo o dinheiro), Okto Pagamentos S.A., Pagsmile Intermediação e Agenciamento de Negócios Ltda., e Luxpag Meios de Pagamentos Ltda.
- Segundo o processo, Erick teria investido R$ 62 mil nos joguinhos da Blaze e acabou perdendo tudo que havia juntado. O homem responsabiliza Neymar e os influenciadores pelos diversos vídeos postados nas redes sociais com recomendações de que a Blaze seria uma possibilidade de ganhar altas quantias em dinheiro sem precisar sair de casa.
- Inconformado com seu "azar", enquanto os influenciadores faturavam altas quantias em dinheiro, Erick procurou investigar o que poderia estar acontecendo e verificou em vídeos no YouTube que os influenciadores utilizavam um perfil de treinamento, programado para fazer com que os apostadores faturassem altas somas em dinheiro.
- Erick conseguiu entrar nesta plataforma de treinamento e fez uma simulação ao apostar mil euros (cerca de R$ 5.530,00) e lucrar mais de um milhão de euros. O vídeo desta aposta foi incluído por Erick no processo.
"A referida constatação, nos conduz ao óbvio, a conta treinamento/fake/demo da plataforma, possui um algoritmo diferente da conta ‘real’, a pessoa vê os influenciadores apostando, ganhando a tal ‘renda extra’, sem saber que os mesmos usam a conta demo, ao apostar na conta ‘real’, com um algoritmo diferente, a pessoa perde suas apostas”, diz a ação.
O autor da ação tem ciência de que Neymar e os influenciadores citados não são sócios da Blaze, mas os responsabiliza por incentivar seus seguidores a jogarem. Erick ainda se vale do Código de Defesa do Consumidor e aponta que muitos dos influenciadores patrocinados pela plataforma não sinalizam em suas redes sociais que aquilo se trata de um conteúdo publicitário.