Vale lembrar que a delação começou com Hugo Jorge Bravo, Policial Militar e Presidente do Vila Nova, de Goiás. Foi ele que investigou a denúncia inicialmente, colheu provas e as repassou ao MP do estado. A operação, chamada pela polícia de "Penalidade Máxima", mantém o foco, inicialmente, em Romário, que jogou a série B pelo Vila Nova no ano passado. Segundo a denúncia, foi proposto por apostadores ao jogador, que cometesse um pênalti no primeiro tempo do jogo contra o Sport, pela última rodada da Série B de 2022. Esse ano, o meio-campista já atuou pelo Goiânia, no mesmo estado.
Investigação de manipulação na B leva a casos em MG, RS, GO e MT
Josias Pereira
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A investigação do Ministério Público (MP) de Goiás, que apura as acusações de tentativa de manipulação de lances no Campeonato Brasileiro da Série B de 2022, pode ter aberto um precedente para uma investigação a nível nacional, com a inclusão de outros estados na operação.
Os possíveis envolvidos são Joseph, zagueiro do time de Minas Gerais, Tombense; e Mateusinho, que jogava ano passado no maranhense Sampaio Corrêa, mas que hoje está no Cuiabá, equipe de Mato Grosso. Os dois atletas foram formalmente citados pelo Ministério Público no processo. Além disso, Gabriel Domingos, atleta do Vila Nova, também aparece nas investigações, pelo empréstimo de conta bancária para Romário receber dos criminosos.
No entanto, mensagens de um celular apreendido de um dos aliciadores, apontam que foram feitos pagamentos para outros jogadores em quatro estados, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás, já nesse ano de 2023. O empresário Bruno Lopez de Moura foi preso temporariamente em São Paulo, na última terça-feira (14), acusado de participar do esquema de manipulação.
Com as investigações em curso, o Ministério Público ainda não detalha quais jogadores e quais jogos podem estar envolvidos nesse escandaloso esquema de corrupção. No entanto, em mensagem encontrada no celular de um dos alvos da operação, aparecem três clubes. São eles: Vila Nova, de Minas Gerais, e Novo Hamburgo e São Luiz, do Rio Grande do Sul. De toda forma, a polícia trabalha com a hipótese de que dirigentes e clubes não tenham envolvimento com o esquema.
É provável que, nos próximos dias, outros nomes sejam incluídos na investigação, com a cooperação do Ministério Público e da Polícia Civil de outros estados. Vale ressaltar que dirigentes de clubes da Série B não acreditam que as denúncias comprometam a competição de 2022, e opinam se tratar de supostas tentativas de manipulação isoladas
(Foto: Pexels/Pixabay)
