Irmã de Deolane e mais: Influenciadores seguem divulgando bets ilegais e entram na mira do governo
Dayanne Bezerra, irmã da advogada e influenciadora Deolane Bezerra, segue utilizando suas redes sociais para divulgar plataformas de apostas, apresentando ganhos instantâneos de até 3000% em apenas um minuto. Além de propaganda irregular, Dayanne está promovendo bets ilegais no país, como a BBR Bet, conforme apontou reportagem do jornal Metrópoles.
Nessa terça-feira (11), Dayanne fez uma live para mostrar seu faturamento na plataforma. Com apenas R$ 8 investidos no famoso e polêmico "Jogo do Tigrinho", a também influenciadora obteve um lucro surpreendente de R$ 240.
A irmã de Deolane afirma a seus seguidores que a plataforma é legalizada no Brasil, mas basta acessar o site da BBR Bet para verificar que a plataforma não está autorizada, especialmente pela ausência do domínio .bet.br, específico para as empresas que receberam certificação da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda. A empresa anunciada por Dayanne ainda está regulamentada pela Ilha de Anjouan, conhecida por ser um paraíso das bets no planeta.
- Dayanne não se pronunciou sobre a publicidade irregular. Ela possui quase 2 milhões de seguidores nas redes sociais.
Influenciadores na mira do governo
A irmã de Deolane Bezerra não é a única no país que segue promovendo bets irregulares e apontando ganhos irreais. A Secretaria de Prêmios e Apostas recentemente divulgou que foram abertas 75 ações de fiscalização contra influenciadores no país.
Em 1º de agosto de 2024, o Ministério da Fazenda publicou uma portaria no Diário Oficial da União que estabelece responsabilização dos agentes operadores de apostas por eventuais publicidades abusivas ou enganosas que sejam feitas nas redes sociais por influenciadores digitais contratados pelas bets.
A portaria também proíbe empresas não autorizadas de fazer publicidade ou patrocínio esportivo, bem como define regras para a prevenção e enfrentamento dos transtornos do jogo e o cuidado com a saúde mental e financeiras dos apostadores. A licença a nível nacional – emitida pela Fazenda– custa R$ 30 milhões e tem duração máxima de 5 anos.
(Foto: Michael/Pixabay)