Jogadores envolvidos em apostas irregulares jogam luz sobre crime organizado na Itália

​As recentes denúncias envolvendo jogadores da Seleção Italiana de Futebol e apostas irregulares, vem movimentando o mundo do futebol e do jogos online, além de lançar luz sobre o crime organizado na tália. De acordo com o “La Gazzetta dello Sport“, o mercado irregular de jogo no país movimenta cerca de € 25 milhões (R$ 132.5 milhões) por ano.Somente no mês passado, o Governo Italiano bloqueou 143 plataformas ilegais de jogos no país.

De acordo com o jornal italiano, as plataformas irregulares de jogos e apostas no país são utilizadas comumente para lavagem de dinheiro do crime organizado. A lei italiana prevê uma pena máxima de três meses de prisão para quem apostar em plataformas ilegais no país, mas a maioria dos casos termina com uma simples multa, que pode variar de € 51 (R$ 270,40) a € 516 (R$ 2.7 mil).

Com relação às possíveis punições aos atletas investigados por apostas irregulares, o Código de Justiça da Federação Italiana de Futebol (FIGC), aponta, no artigo 24, que: “É proibido aos membros de clubes profissionais realizar ou aceitar apostas que tenham, por objeto, resultados relativos a jogos oficiais da Federação Italiana, da FIFA e da UEFA”. Ainda, A FIGC aponta que haverá uma especial atenção da federação aos jogos em que os atletas atuem ou participem diretamente do resultado.

As penas podem encerrar a carreira de um jogador, com suspensão superior a três anos e multa acima de € 25 mil (R$ 132.5 mil). Ainda, a não comunicação de tal infração também é punível pela lei federal italiana, com suspensão de pelo menos seis meses e multa de pelo menos € 15 mil (R$ 79.5 mil). No entanto, o que o “La Gazzetta dello Sport“ aponta é que os jogadores de futebol não realizam suas apostas esportivas diretamente online, mas, sim, através de intermediários ligados a plataformas ilícitas que estão, muitas vezes, envolvidos com o crime organizado.

De acordo com uma pesquisa recente realizada na Itália pela “Noto Sondaggi“, 17 % dos entrevistados declararam conhecer pelo menos uma pessoa que realizou apostas em sites não autorizados pelo Governo, enquanto 40 % acreditam que o fenômeno está aumentando no país. Além disso, 72 % das pessoas afirmaram que as apostas irregulares deveriam ser mais combatidas pelos órgãos responsáveis.