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Jornalista defende direcionar tributação das apostas para programas de esporte para população

Jornalista defende direcionar tributação das apostas para programas de esporte para população

Josias Pereira Josias Pereira
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Em um momento em que todos opinam sobre a regulamentação das apostas e dos jogos online no país (até quem não entende nada sobre o assunto!), o jornalista Alexandre Carauta, em sua coluna na Veja Rio, discorre sobre a destinação da arrecadação com a tributação do setor. O comunicador sugere que parte dos 22% que deverão ser destinados ao Ministério da Esporte sejam utilizados para a promoção de atividades esportivas visando à saúde pública.

“Uma sugestão: usá-la [a verba do Esporte] para impulsionar uma política de Saúde centrada na democratização esportiva. Teria um benefício triplo: ao dever constitucional do Estado de prover esporte e lazer, especialmente aos pobres; à prevenção de doenças, para a qual atividade física é um santo remédio; e à redução do custo com terapias e internações”, destaca Carauta, em sua coluna.

Segundo o jornalista, de acordo com um estudo publicado em 2021 por Marco Antonio Vargas, pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF), a falta de atividade física em 47% da população brasileira, custa quase R$ 300 milhões por ano ao SUS. Sendo assim, Caraura destaca que "ao estimular, estruturar, subsidiar exercícios físicos regulares – de maneira ampla, irrestrita, ajustada às regionalidades –, o governo também melhoraria a produtividade nacional e enxugaria os gastos inchados”.

Ainda, o comunicador cita o Programa Esporte e Lazer da Cidade (Pelc), como um possível receptor da verba oriunda dos impostos dos jogos online e apostas de quota fixa. A iniciativa governamental tem o objetivo de criar núcleos de atividades esportivas em regiões urbanas, rurais e em comunidades indígenas.

“Bastaria uma fração do aporte fiscal ancorado nas apostas para desenvolver, consumar e expandir iniciativas do tipo. A decisão depende do cacife que elas adquirem no xadrez das coalizões e ambições político-partidárias, historicamente patrimonialistas. Enquanto isso, o Brasil real amontoa postos médicos e hospitais. O esporte é uma receita para livrá-lo dessa perversa loteria”, finaliza Alexandre Carauta, em seu texto na Veja.

(Foto: Ketut Subiyanto/Pexels)