Kajuru diz que Lula aceitou proibir apostas individuais: "só vai poder apostar no resultado do jogo"
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) segue com a ideia de proibir apostas em lances individuais, como cartões, escanteios e cobranças de lateral, nas partidas de futebol. Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas (CPIMJAE), o senador destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aceitou a sua ideia na hora.
Kajuru pretende proibir até mesmo as apostas nos autores de gols, já que, segundo ele, é possível que se manipule gol contra para o recebimento de propina. O parlamentar justifica sua opinião devido aos supostos casos de manipulação de resultados envolvendo jogadores brasileiros, e pretende implementar a proibição já no início de 2025.
“O principal da minha ideia é que, a partir de 1º de janeiro, não pode mais apostar em cartão amarelo, cartão vermelho, escanteio, arremesso manual ou algo semelhante. Você só vai poder apostar no resultado do jogo. Nem em quem fez gol, porque pode ter um gol contra manipulado, com propina. Essa foi a minha ideia, que o presidente Lula aceitou na hora”, disse o senador, em seu programa na rádio BandNews Goiânia.
A declaração foi realizada na última quinta-feira (7), quando Kajuru também afirmou que pretende proibir apostas com a utilização de recursos do Bolsa Família e de cartão de crédito, permitindo apenas o Pix como forma de pagamento nas plataformas de apostas. Ainda, o senador defendeu o uso de reconhecimento facial como única forma de ingresso nos sites de jogos e apostas, para evitar que menores de 18 anos tenham acesso a eles.
No entanto, Kajuru afirmou que não é a favor de proibir as operações das casas de apostas no país, já que elas são responsáveis por várias cotas de publicidade no setor de comunicação, e por importantes patrocínios no futebol brasileiro.
“Alguns senadores querem acabar com as casas de apostas. Ocorre que, tanto nos veículos de comunicação e, principalmente, entre os 40 maiores times de futebol do Brasil, 38 vivem da publicidade das bets. Hoje elas são as maiores patrocinadoras do Brasil. Como toma uma decisão para acabar 100 % com as casas de apostas?”, finalizou Kajuru.