Lula fala em "acabar" com apostas se regulamentação falhar no Brasil
Nesse último domingo (6) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu uma forte e importante declaração sobre o mercado de apostas esportivas no país. O chefe de estado disse que se a regulamentação falhar, as bets serão encerradas.
"Se não houver resultado com regulamentação, não tenho dúvidas de que acabaremos com isso", afirmou o presidente, que conversou com os jornalistas na Escola Estadual João Firmino Correia de Araújo, onde vota em São Bernardo do Campo, interior de São Paulo.
Lula destacou, todavia, que apostar é um hábito da população. Mas cabe ao governo agir para evitar que isso se torne um vício e as pessoas fiquem doentes devido à prática.
"Não quero impedir o povo de fazer apostas, mas não posso permitir que pessoas fiquem dependentes", reforçou o chefe de estado.
Lula tem deixado clara sua preocupação com as apostas esportivas e jogos online no país, ainda mais após uma nota técnica do Banco Central que apontou gastos bilionários de beneficiários do Bolsa Família com a prática. As entidades que representam as plataformas de betting no Brasil questionam as informações apresentadas pela Instituição Financeira, uma vez que muitos dos valores de transferências apontados não se enquadram no perfil de quem recebe o benefício.
Além disso, casos de vício em jogos e investigações relacionadas às bets pressionam o governo, que estuda medidas mais enérgicas em relação ao mercado. A regulamentação do setor entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2025, mas o Ministério da Fazenda já vem fazendo ações no intuito da implementação das novas regras.
No próximo dia 11 de outubro, a estimativa é que até 600 sites considerados ilegais e fora dos padrões exigidos pela Fazenda sejam bloqueados no país.
Além disso, medidas estão sendo estudadas, como a proibição de pagamento de apostas com cartões do Bolsa Família e também via cartões de crédito. Nos dois casos, os operadores já estão se antecipando e bloqueando tais possibilidades em suas plataformas.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)