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MP cumpre mandados por suspeita de manipulação na Série A e em quatro Estaduais

MP cumpre mandados por suspeita de manipulação na Série A e em quatro Estaduais

Josias Pereira Josias Pereira
MP cumpre mandados por suspeita de manipulação na Série A e em quatro Estaduais
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A Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), avança para outros estados e identificou suspeitas de manipulação de resultados em cinco jogos do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, além de cinco confrontos em quatro Campeonatos Estaduais no ano passado. As partidas investigadas ainda não foram divulgadas. Inicialmente, as investigações, que começaram em fevereiro deste ano, identificaram suspeitas em jogos do Campeonato Brasileiro da Série B 2022.

Na manhã desta terça-feira (18), o MP-GO, em parceria com autoridades de outros estados, está realizando uma operação onde cumpre três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão. A ação acontece em seis estados e 16 cidades. Alguns dos jogadores alvos da investigação são o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, e o lateral-esquerdo do Sport, Igor Cariús.

De acordo com os investigadores, existe a suspeita de que pelo menos cinco jogos do Campeonato Brasileiro da Série A do ano passado tenham sido fabricados por apostadores. Além disso, também estão na lista do MP-GO jogos dos campeonatos estaduais de São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso, todas as partidas nas competições de 2022.

Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça de Goiás e estão sendo cumpridos na cidade de Goianira, em Goiás; em São Paulo, Guarulhos, Santo André, Bragança Paulista, Santana do Parnaíba, Santos, Taubaté e Presidente Venceslau, em São Paulo; na cidade do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro; em Recife, em Pernambuco; em Pelotas, Santa Maria e Erechim, no Rio Grande do Sul; e em Chapecó e Tubarão, em Santa Catarina.

De acordo com o Ministério Público, o grupo criminoso cooptava jogadores com ofertas entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, para que cometessem lances específicos nos jogos, como um número determinado de faltas, receber cartão amarelo, garantir um total específico de escanteios para um dos lados, e até atuar para a derrota do próprio time. Diante dos resultados previamente combinados, os apostadores obtinham lucros altos em diversos sites de apostas, ou diretamente, ou por meio de laranjas.

O lateral-esquerdo do Sport, Igor Cariús, teve a carteira nacional de habilitação, o celular e o notebook apreendidos no mandado de busca e apreensão expedidos pela Justiça de Goiás, na manhã desta terça-feira (18). O jogador está com a delegação da equipe pernambucana e viaja rumo a Fortaleza para o primeiro jogo da final da Copa do Nordeste, que acontece na quarta-feira (19). O jogador, revelado pelo Barbalha, tem passagens por equipes como Paraná, CRB, Atlético Goianiense e Cuiabá.

Enquanto isso, o zagueiro Victor Ramos, de 33 anos, voltou à Chapecoense em 2023, após disputar uma parte do Paulistão pela Portuguesa. O jogador foi revelado pelo Vitória e tem passagens por várias equipes brasileiras, como Vasco, Palmeiras, CRB, Goiás e Botafogo de São Paulo. Além disso, o zagueiro também atuou no exterior em duas oportunidades: no Standard Liège, da Bélgica, e no Monterrey, do México.

Além dos dois atletas, o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente no Ypiranga, e o zagueiro Kevin Lomónaco, do Bragantino, também estão sendo investigados. Há ainda o envolvimento de um quinto jogador, que atua no Rio Grande do Sul, mas o nome dele não foi revelado.

Vale lembrar que, pela Operação Penalidade Máxima, iniciada no final do ano passado, ao todo, oito jogadores são acusados de envolvimento em um suposto esquema de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro da Série B de 2022. Aguardam julgamento os atletas, André Luiz (que teve contrato rescindido pelo Ituano), Joseph (que também teve o contrato rescindido pelo Tombense), Romário (ex-Vila Nova), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (ex-Sampaio Corrêa, recentemente contratado pelo Operário), Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário) e Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã).

Veja a nota do Ministério Público de Goiás, sobre a investigação:

O Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), deflagrou na manhã de hoje (18/04) a Operação Penalidade Máxima II, visando a obtenção de novos vestígios da atuação de organização criminosa com atuação especializada na manipulação de resultados esportivos de jogos de futebol profissional - inclusive do Brasileirão Série A.

Há suspeitas de que o grupo criminoso tenha concretamente atuado em pelo menos 5 jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022, bem como em 5 partidas de Campeonatos Estaduais, entre eles, os campeonatos Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista, todos deste ano.

Estão sendo cumpridos 3 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de 6 estados, expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores.

Os mandados estão sendo cumpridos em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).

Os Gaecos dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, o Cyber Gaeco do MP de São Paulo e do Centro de Inteligência do MP do Rio de Janeiro, além das polícias Militar, Civil e Penal de Goiás, dão apoio ao cumprimento das diligências.

Trata-se de desdobramento da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro de 2023 a qual resultou no oferecimento de denúncia, já recebida pelo Poder Judiciário, com imputação dos crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo.