Nova York vê disparada das apostas e organizações fazem alerta aos jovens jogadores
A indústria de apostas esportivas online arrecadou quase US$ 3 bilhões em receitas em Nova York nos primeiros dois anos da legalização da atividade no estado. Desde janeiro de 2022, os nova-iorquinos apostaram mais de US$ 34,4 bilhões usando plataformas móveis de apostas esportivas.
A FanDuel tem sido a casa de apostas mais popular, com quase US$ 14 bilhões apostados nos últimos dois anos, gerando quase US$ 1,5 bilhão em receitas.
O estado de Nova York tributa as plataformas móveis de apostas esportivas em 51%, com US$ 5 milhões em receitas fiscais usadas para financiar programas esportivos para crianças carentes. Outros US$ 6 milhões são dedicados a programas de educação e tratamento para problemas de jogo através do Gabinete Estatal de Serviços e Apoio à Dependência.
O Conselho de Jogos Problemáticos de Nova York, que fornece recursos e tratamento a pessoas viciadas em jogos de azar, tem facilitado cada vez mais serviços para indivíduos que afirmaram ser viciados em apostas esportivas online. Muitos dos pedidos de ajuda vêm de jovens apostadores – ou de seus pais ligando em seu nome, de acordo com Kristin Sweeter, diretora dos centros de recursos de jogo problemático da organização.
"Os mais jovens assumem riscos por natureza", disse Sweeter, observando que alguns pais só descobrem que os seus filhos podem ter um problema depois da perda de quantias significativas de dinheiro. "Eles buscam atividades de baixa intensidade e alta recompensa."
O número de indivíduos com 25 anos que ligam para a organização em busca de ajuda aumentou, embora os dados sobre o volume de chamadas não sejam conclusivos.
O site do Conselho de Jogos Problemáticos de Nova York possui um manual com informações sobre a instalação de ferramentas de bloqueio de anúncios, além de instruções sobre como se autoexcluir de atividades de jogos de azar. O aumento do vício apostas esportivas se resume ao acesso e à disponibilidade, disse Sweeter.
“Você não precisa ir a lugar nenhum. Está tudo bem na sua frente", concluiu a diretora.
(Foto: Kai Pilger/Pixabay)