Operação Integration: advogada de Deolane é indiciada por estelionato e jogos ilegais
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Adélia Soares, ex-BBB e advogada de Deolane Bezerra, entrou na mira da justiça. Adélia está sendo investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal por falsidade ideológica e envolvimento com associações criminosas relacionadas a um esquema de jogos ilegais. As novas informações relacionadas às investigações da Operação Integration, foram atualizadas no programa Fantástico, da Globo, neste domingo (15).
A advogada de Deolane teria aberto uma empresa para que um grupo chinês atuasse em um esquema de jogos ilegais no Brasil. Érick Sallum, delegado do caso, afirmou que a apuração da polícia constatou mais de 546 CPFs falsos no estratagema.
Segundo a defesa de Adélia, ela estaria "plenamente ciente dos fatos mencionados" e já teria tomado "todas as providências legais cabíveis". Dentre essas medidas, a advogada já teria realizado o "registro de boletins de ocorrência, visando proteger sua integridade e reputação".
"As acusações feitas contra ela são infundadas e resultam de um golpe praticado por terceiros, que utilizaram seu nome de forma indevida e criminosa. A Doutora Adélia informa que está colaborando ativamente com as autoridades para esclarecer os fatos e responsabilizar os verdadeiros culpados, uma vez que apenas prestou suporte administrativo para a empresa em questão", destacou a defesa da advogada.
Segundo informações do Fantástico, Adélia teria aberto uma empresa chamada Playflow, com sede nas Ilhas Virgens Inglesas. Sallum afirmou que a empresa criada pela ex-BBB é "ideologicamente falsa". Sendo assim, Adélia Soares, que também estaria envolvida na divulgação ilegal do “Jogo do Tigrinho”, foi indiciada por associação criminosa e falsidade ideológica.
Coincidência ou Azar no "jogo"
A reportagem destacou que o inquérito de Adélia teve início após um colaborador terceirizado da delegacia cair em um golpe do “Jogo do Tigrinho”. A pessoa tera transferido cerca de R$ 1,8 mil e, logo depois, descoberto que as instituições de pagamento estavam fraudando operações de câmbio com cadastros de pessoas já falecidas para enviar dinheiro para o exterior.
O grupo de chineses envolvido no esquema foi intimado e o caso está agora com a Justiça Federal, que vai apurar se Adélia recebeu dinheiro dos jogos ilegais. De acordo com a polícia, a ex-BBB teria entrado em contato com a delegacia como advogada de um dos chineses, mas, após ser confrontada, afirmou não conhecer os chineses, entrando em contradição.
O delegado disse ainda que Adélia passou a não responder mais às intimações. Para a Polícia, a atitude foi "uma assunção de culpa, abertura do direito dela de apresentar o contraditório e o exercício tácito do silêncio”. De acordo com dados levantados pela delegacia, o grupo teria movimentado mais de R$ 2 bilhões.
(Foto: Instagrm/Reprodução)