Polícia prende 17 na Espanha por manipulação de resultados, incluindo Presidente de clube
A Polícia Nacional da Espanha deteve, na semana passada, 17 pessoas investigadas em um esquema de manipulação de resultados, em Melilla e em Granada. Os detidos são dirigentes e jogadores de times da terceira divisão espanhola. A operação foi realizada em colaboração com o órgão europeu de aplicação da lei, EUROPOL, o Serviço Global de Investigação do Mercado de Apostas, a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), e a associação espanhola de futebol, LaLiga.
As investigações apontam para uma organização que manipulava partidas organizadas pela RFEF. Sendo assim, a polícia realizou 11 prisões em Melilla, na cidade autônoma espanhola localizada no norte da África, às margens do Mar Mediterrâneo, e 7 detenções em Granada, na Andaluzia, na Espanha Os crimes investigados incluem “filiação a organização criminosa, corrupção entre indivíduos no campo esportivo, fraude, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos”.
A investigação teve início após o regulador nacional de jogos da Espanha, o DGOJ, informar à polícia ter recebido vários alertas de manipulação de resultados de operadores sobre apostas feitas em Melilla, em partidas de futebol envolvendo um time local. Além disso, a LaLiga recebeu uma ligação anônima, por meio de seu canal de denúncias, detalhando práticas suspeitas envolvendo o mesmo time.
De acordo com a Polícia, as investigações levaram a uma organização criminosa envolvendo o presidente do Huracán Melilla, que teria facilitado a manipulação de resultados e envolvido os jogadores do próprio time no esquema.
“Os jogadores, além disso, recorreram a terceiros à sua volta para materializar as apostas e, assim, evitar que ficassem ligados às apostas feitas e aos jogos disputados. Por outro lado, as ações policiais provaram que o mesmo clube esportivo tem sido beneficiário de subsídios previsivelmente utilizados de forma fraudulenta, com os quais os valores a cobrar aumentaram”, informou a Polícia.
Ainda, de acordo com as autoridades espanholas, sete partidas ainda estão sob investigação. No entanto, novas prisões foram descartadas. Ainda, as autoridades informaram que, até o momento, não foi possível quantificar o valor total fraudado das casas de apostas.