Caso Paquetá: Presidente da CBF revela o que foi dito pela Federação Inglesa
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, informou aos jornalistas presentes na cobertura da Seleção Brasileira nos Estados Unidos o que ouviu da Federação Inglesa de futebol, a FA, sobre a atual situação de Lucas Paquetá, denunciado pela entidade por violar regras anti-apostas.
O dirigente salientou aos profissionais de imprensa que antes de decidir pela sequência de Paquetá entre os convocados para a disputa da Copa América, ele consultou a diretoria jurídica e de compliance da CBF, além do departamento de integridade da entidade. Um passo importante para resguardar a Seleção de qualquer tipo de penalização, assim como a preservação do atleta neste momento de escrutínio profissional.
"Foi uma tomada de decisão bem criteriosa. A CBF procurou primeiro ouvir sua diretoria jurídica e de compliance, além da unidade de integridade da confederação. Também fizemos consulta à Federação Inglesa, com algumas perguntas bem objetivas sobre a situação do atleta", declarou o presidente da CBF.
Segundo Ednaldo, a FA apontou que não existia nenhuma previsão de punição a Lucas Paquetá, excluindo qualquer pré-suspensão, por exemplo, como aconteceu no futebol brasileiro durante a operação Penalidade Máxima.
"Diante das perguntas que a CBF fez, a Federação Inglesa respondeu que não tinha previsão de punição. Com isso, a CBF entendeu que ele poderia permanecer na seleção brasileira sem qualquer problema", acrescentou Ednaldo.
Entenda o caso Paquetá
O jogador é acusado de manipular o recebimento de quatro cartões amarelos em jogos diferentes do futebol inglês para favorecer apostadores da Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. Ele será julgado pela FA, a Federação Inglesa, mas ainda não há uma previsão de quando uma resposta sobre o caso será dada.
Em pronunciamento na Seleção Brasileira, Paquetá disse que não falaria mais sobre o caso, garantindo que sua equipe jurídica está à frente da comprovação de sua inocência.
Estima-se que cerca de 60 pessoas tenham apostado que o brasileiro seria advertido pelo juiz em um ou mais desses jogos. A Federação Inglesa declarou que o meia "procurou influenciar diretamente o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência nessas partidas, buscando intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito indevido de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrem com apostas".
(Foto: Rafael Ribeiro/CBF)