A defesa do atleta confirmou, por meio de nota, que houve uma rescisão amigável com o Tombense e manifestou indignação com a acusação feita contra o zagueiro. No entanto, alegou que houve uma “imposição velada” por parte do clube e informou que o atleta sempre esteve à disposição para jogar:
Réu por manipulação de resultados, Joseph tem contrato com o Tombense rescindido
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Joseph, zagueiro acusado de participação em esquema de manipulação de resultados para lucro em apostas esportivas, teve seu contrato rescindido com o Tombense. Segundo Lane Gaviolle, presidente do clube mineiro, o acordo foi feito para que o jogador pudesse acompanhar o processo judicial.
Vale lembrar que o jogador está sendo investigado pelas autoridades na operação “Penalidade Máxima”, por ter cometido um pênalti na última rodada do Campeonato Brasileiro da Série B de 2022, durante o jogo contra o Criciúma, para beneficiar um grupo de criminosos em apostas esportivas.
“De fato, o contrato foi rescindido por comum acordo, mas não para que o atleta pudesse acompanhar o processo, vez que já possui seus defensores para tanto, mas sim, por uma imposição velada do clube, vez que, desde a publicação quanto aos nomes dos atletas que estão sendo procurados pelo GAECO (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), por meio de investigação, o Tombense de forma unilateral, afastou o atleta de suas atividades desportivas, não restando alternativa ao atleta senão buscar a rescisão amigável, de modo a alcançar outra oportunidade de emprego para sua própria subsistência e de seus familiares.”
Joseph chegou ao Tombense para jogar a Série B do Campeonato Brasileiro no ano passado. Durante sua passagem pelo clube, o zagueiro atuou em 28 partidas e marcou um gol, competindo na Segunda Divisão Nacional em 2022, e na elite do Campeonato Mineiro 2023. Com 28 anos de idade, o jogador já atuou por diversos times do futebol brasileiro, como Cruzeiro, Botafogo de São Paulo, América Mineiro, Villa Nova de Minas Gerais e Resende.
“Não sendo demais a defesa do atleta Joseph, salientar, por fim que, o atleta investigado sempre esteve à disposição do Tombense para retornar as atividades, vez que não há nada que o desabonasse para tanto, bem como que, o processo segue em segredo de justiça, não havendo qualquer informação que possa ser publicada ou que impeça o atleta de exercer a sua profissão.”, - finalizou a nota da defesa de Joseph.
Vale lembrar que, ao todo, oito jogadores são acusados de envolvimento em um suposto esquema de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro da Série B de 2022. Além de Joseph, agora sem clube, também aguardam julgamento os atletas, Romário (ex-Vila Nova), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário do Paraná) e Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã).
Com exceção de Romário, todos os outros sete jogadores, incluindo Joseph, responderão pelo artigo 41-C do Estatuto do Torcedor, que fala em “solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva”, que prevê de dois a seis anos de prisão, além de pagamento de multa. Já o ex-atleta do Vila Nova vai responder pelo artigo 41-D, que fala em “dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição desportiva” e tem a mesma penalidade.
(Foto: Divulgação/Mourão Panda)