SPA vai lançar, ainda em 2024, campanha de conscientização sobre os jogos, afirma secretário
Nesta semana, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas (CPIMJAE) do Senado voltou aos trabalhos após uma pausa de quase um mês e ouviu Regis Dudena, secretário da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF). Segundo Dudena, a pasta planeja lançar, ainda em 2024, uma campanha de conscientização sobre os jogos online.
Em depoimento à CPIMJAE, na última terça-feira (3), o secretário destacou que a campanha atende a uma demanda direta do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. De acordo com Dudena, a partir de 2025, as empresas de apostas esportivas autorizadas a operar no Brasil, também deverão integrar a campanha.
"Estamos trabalhando nos primeiros passos dessa campanha para que a população entenda que apostar é um mero entretenimento e que, potencialmente, as pessoas vão perder dinheiro”, destacou Dudena, à CPI.
Questionado pelos senadores sobre os possíveis riscos do vício relacionado às apostas, Dudena destacou as normas impostas pela SPA/MF para a manutenção da integridade do setor com a nova regulamentação.
“Nós impusemos a todos aqueles agentes que quiserem vir atuar no Brasil, regras específicas para conhecer os seus apostadores, para monitorar os seus apostadores, para impor alertas nos casos de abuso dos jogos, para impor restrições de tempo e para, no limite, criar bloqueios para esses apostadores”, continuou Dudena.
Além do secretário da SPA, o presidente da Associação Brasileira de Apostas Esportivas (Abaesp), Rodrigo Alves, também foi ouvido pela CPI, por videoconferência. Ele destacou que casos de endividamento e de problemas com os jogos acontecem, e que o fato de algumas pessoas passarem dos limites pode estar relacionado à "publicidade um pouco desenfreada".
"Nós acreditamos muito numa regulamentação, porque não existe o não jogo”, destacou Alves.
Prevista inicialmente para se encerar em outubro, a CPIMJAE foi prorrogada até dezembro deste ano.
(Foto: Pedro França/Agência Senado)