BlogMercado de ApostasSportradar contesta John Textor e não vê evidências de manipulação no Brasileirão 2023
Sportradar contesta John Textor e não vê evidências de manipulação no Brasileirão 2023
Apesar das denúncias de manipulação e favorecimento no Brasileirão apresentadas pelo empresário norte-americano John Textor, dono da SAF do Botafogo, a Sportsradar, por meio de seus sistemas de monitoramento e integridade, não detectou irregularidades na Série A nacional em 2023. Carsten Koerl, CEO da empresa suíça, destacou em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo" a ausências de anomalias na rede de apostas esportivas que pudessem levantar suspeitas em relação ao último Brasileirão.
"Entendo que não foi o resultado preferido para o dono de um time. Mas nosso sistema não detectou evidências de manipulação", afirmou o executivo da Sportradar à Folha.
Carsten esteve no Brasil para o BiS SiGMA Américas. A Sportradar trabalha em conjunto com a CBF desde 2017. No Brasil, a empresa monitora os campeonatos nacionais e a primeira divisão dos campeonatos estaduais, que são reportados à CBF e à FIFA.
Em relatório de avaliação dos jogos realizados no ano passado, a empresa suíça apontou à CBF que 109 jogos apresentaram suspeita de manipulação de resultados, mas nenhum desses jogos foi válido pela Copa do Brasil ou Brasileirão, principais competições da confederação brasileira.
Carsten comentou sobre o relatório apresentado por Textor, que tem como base dados de análises da empresa "Good Game!". O documento analisa, dentre outros fatores, o comportamento dos jogadores em campo.
“É um caminho errado analisar manipulações (de resultados) com base em padrões físicos dos jogadores”, destacou Carsten.
"É muito mais importante analisar os fluxos de liquidez e ver a partir dos comportamentos de apostas se há alguém que os utilizou", salientou o executivo.
Sobre o assunto, é necessário pontuar que a quadrilha deflagrada pelo Ministério Público de Goiás na operação "Penalidade Máxima" conseguiu driblar os sistemas de monitoramento da Sportradar, que já possuía parceria com a CBF quando do surgimento das denúncias.
(Foto: Joílson Marconne/CBF)
