STJD inicia processo disciplinar para investigar jogadores em manipulação na Série B
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A operação “Penalidade Máxima”, deflagrada pelo MP-GO, revelou um esquema de manipulação de resultados em jogos da última rodada do Brasileirão da Série B de 2022, visando ao lucro por meio de apostas esportivas. O auditor do inquérito que investiga a partida entre Vila Nova x Sport, enviou à Procuradoria a conclusão que solicita a abertura de processo disciplinar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
De acordo com a acusação, o esquema consistia na marcação de pênaltis no primeiro tempo de três partidas, durante a última rodada do Campeonato Brasileiro da Série B de 2022. Cada atleta envolvido iria receber R$ 150 mil, enquanto o prejuízo estimado dos apostadores aliciadores é de R$ 2 milhões.
O volante Romário, à época atleta do Vila Nova, admitiu que aliciadores ofereceram dinheiro para ele cometer um pênalti na partida. Entretanto, o jogador acabou não relacionado, e envolveu outros colegas de time no esquema. De acordo com o auditor, foram identificados fortes indícios da participação de atletas no esquema de manipulação.
A conclusão será analisada pela Procuradoria da Justiça Desportiva e os envolvidos serão denunciados e julgados com base no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Não foram divulgados os jogadores investigados no esquema e nem por qual time eles atuaram.
O inquérito sobre a partida entre Sampaio x Londrina também foi concluído com a indicação de denúncia por manipulação de resultados. O jogo também foi válido pela última rodada da Série B.
“Os processos correm em segredo de justiça e contam com provas enviadas pelo Ministério Público de Goiás, responsável pela Operação denominada Penalidade Máxima e que identificou suspeitas de manipulação e envolvimento de diversos atletas em partidas da segunda divisão nacional e campeonatos estaduais.” -, informou o STJD, em nota.
Vale lembrar que, dos 14 indiciados na operação Penalidade Máxima, oito são jogadores de futebol: Romário (ex-Vila Nova), Joseph (ex-Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário do Paraná), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa), Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário do Paraná) e Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã). Todos já são considerados réus no processo, desde que a Justiça de Goiás aceitou a denúncia do Ministério Público, e estão sujeitos a prisão de até seis anos, além de banimento do futebol.
Além dos atletas, também foram denunciados, Bruno Lopez de Moura, Camila Silva da Motta, Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro, Victor Yamasaki Fernandes e Zildo Peixoto Neto; todos apontados como apostadores que faziam cooptação.