Tio de Paquetá é indiciado em relatório final da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas
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Bruno Tolentino, tio do jogador Lucas Paquetá, foi indiciado por manipulação de resultados pela CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas (CPIMJAE). O relatório, apresentado pelo senador Romário (PL-RJ) foi aprovado pelos demais membros da comissão, e consta ainda os indiciamentos de outros dois nomes: os empresários William Pereira Rogatto e Thiago Chambó Andrade.
"A gente trabalhou com todos os órgãos possíveis e necessários para que pudéssemos chegar aonde chegamos com este relatório. É claro que não temos como agradar a todo mundo. A minha relação com o senador Girão (Novo-CE) não muda em nada. Continuo tendo o mesmo carinho e o mesmo respeito", disse Romário, em referência ao único senador que votou contra o seu relatório.
O empresário Bruno Lopez não foi indiciado devido a um acordo fechado com o Ministério Público. A CPI, porém, obteve efetivos resultados, como a prisão de William Rogatto nos Emirados Árabes Unidos, fato destacado pelo senador Carlos Portilho (PL-RJ).
"Ele está há quatro meses preso em Dubai porque confessou nesta CPI e tem um mandado de prisão preventiva do Tribunal de Justiça do Distrito Federal por manipulação. E foi desse processo que saiu o alerta vermelho que o prendeu", disse o parlamentar.
O relatório apresentado por Romário representa o último ato da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas (CPIMJAE), iniciada em março do ano passado. A previsão inicial era de que ela se encerrasse em outubro do ano passado, mas a Comissão foi prorrogada em duas oportunidades.
Houve um pedido do senador Girão para que os trabalhos se estendessem por mais 10 dias, mas Davi Alcolumbre, presidente do Senado, solicitou o encerramento da CPI.
Legislação proposta pela CPI no relatório final
O relatório apresentado por Romário propõe uma emenda constitucional (EC) e três projetos de lei para coibir a manipulação de jogos. A EC obriga o comparecimento de qualquer cidadão nas CPIs, inclusive com uso de força policial.
A proposta foi apresentada após a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que a influenciadora Deolane Bezerra não precisaria depor na CPIMJAE.
O primeiro dos três projetos de lei propostos aumenta a pena do crime de fraude em evento esportivo de quatro a dez anos de prisão e multa. O projeto também institui o crime de fraude no mercado de apostas e punições para promessas irreais e para o atleta que divulgar informação privilegiada para conseguir vantagem indevida.
(Foto: West Ham/Reprodução)