Tio de Paquetá poderá ficar em silêncio na CPI; jogador só deverá depor em dezembro
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As decisões dos ministros do Superior Tribunal Federal (STF) seguem impactando as reuniões da Comissão Parlamentar de Inquérito da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas (CPIMJAE). Após o Ministro André Mendonça desobrigar o comparecimento da influenciadora Deolane Bezerra e o CEO da Esportes da Sorte à comissão, agora, o ministro Nunes Marques permitiu que Bruno Tolentino Coelho, tio de Lucas Paquetá, possa ficar em silêncio durante sua participação no colegiado.
Bruno Toletino e um primo de Paquetá são investigados por terem transferido R$ 40 mil ao atacante do Botafogo, Luiz Henrique, em 2023. À época, o atacante atuava pelo Real Bétis, da Espanha, e as transferências teriam acontecido dias após o jogador ter recebido um cartão amarelo em partida da LaLiga.
Vale lembrar que o atleta do West Ham, Lucas Paquetá, é investigado pela Federação Inglesa de Futebol (FA) pelo suposto recebimento de cartões amarelos em quatro partidas da Premier League, na mesma época.
Convocado para depor na CPIMJAE nesta quarta-feira (30), Bruno Tolentino Coelho poderá ficar em silêncio durante a sessão. O direito foi concedido por meio de decisão em habeas corpus do ministro Nunes Marques, do STF, nesta segunda-feira (28).
“Em face do exposto, concedo, em parte, a ordem de habeas corpus para garantir ao paciente: o direito ao silêncio, a não assumir o compromisso de falar a verdade (em razão da condição de investigado e não de testemunha), à assistência de advogado e a não sofrer constrangimentos físicos ou morais decorrentes do exercício desses direitos”, destacou o ministro, na decisão.
Depoimento de Paquetá é adiado para dezembro
Lucas Paquetá, que também seria ouvido pela CPIMJAE por videoconferência, nesta quarta-feira, solicitou à comissão que seu depoimento seja realizado após a realização de sua defesa. O presidente da comissão, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), não entrou em detalhes sobre qual defesa o atleta se referiu, mas chegou a comentar sobre o vazamento de vídeos envolvendo questões familiares do atleta, na reunião da CPI desta terça-feira (29).
Kajuru destacou que o depoimento do jogador deverá acontecer na primeira terça-feira de dezembro, ou seja, no dia 03.
Dono da VaideBet e mãe de Deolane convocados
Ainda, na reunião da CPI desta terça-feira, foram aprovadas as convocações de José André Rocha, dono da casa de apostas VaideBet, e da mãe de Deolane, Solange Bezerra, para depor na CPI. Os dois são investigados pela Operação Integration. por suposta lavagem de dinheiro envolvendo jogos ilegais. Solange chegou a ser presa, assim como a filha, mas o dono da VaideBet ficou foragido fora do país quando sua prisão foi decretada pela Justiça, e se livrou do encarceramento, à época.
Foto: Rafael Ribeiro/CBF