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Los Angeles Chargers vs. Jacksonville Jaguars

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Odds Atual: 1.97

Odds do Palpite: 1.97

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Palpite: AFC Wild Card - Los Angeles Chargers x Jacksonville Jaguars - NFL Playoffs - 14/01

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Umas das grandes surpresas da temporada, os Jacksonville Jaguars recebem os Los Angeles Chargers no TIAA Bank Field na noite deste sábado, pela rodada de Wild Card dos playoffs da NFL. A partida terá transmissão ao vivo para o Brasil pela ESPN2.

Local do evento: Jacksonville - Flórida

As equipes se enfrentaram na semana 03 e os Jaguars aplicaram um blown out sobre os Chargers, vencendo fora de casa por 38x10 como underdogs por 6,5pts no handicap. O total, definido em 45,5 naquela partida, terminou em over.

No TIAA Bank Field, a temperatura será de 4°C, com umidade do ar em 62% e ventos fortes a 10mph. Céu aberto e sem previsão de chuva durante a partida.


Conquistando quatro vitórias em seus últimos cinco jogos, os Chargers (Seed #5 da AFC), que não disputavam os playoffs desde a temporada de 2018/19, conquistaram uma das vagas de Wild Card na AFC, terminando em 2° AFC West, com quatro vitórias a menos do que os campeões da divisão, os Kansas City Chiefs. A equipe teve a 3 tabela mais fácil da liga na temporada regular.

Justin Herbert mostrou problemas de precisão e em um ataque que sofreu com desfalques, oscilou de desempenho em alguns momentos na temporada, mas ainda terminou com bons números gerais. Herbert completou 68,2% de seus passes, mas para uma média baixa de 6,8yds por tentativa, lançando para 25 touchdowns, com 10 interceptações e rating de 93.2. A linha ofensiva, que pode contar com o retorno do left tackle Rashawn Slater nessa partida, ainda esteve bem na proteção ao quarterbacks e Herbert sofreu sacks em apenas 5,2% dos dropbacks, 6° menor marca da liga. Os guards Zion Johnson e Matt Feiler, falharam na proteção em muitos momentos e foram os pontos fracos da OL, mas Corey Linsley, que não permitiu nenhum sack nessa temporada, permanece entre os melhores centers da liga, enquanto o left tackle novato Jamaree Salyer, uma escolha de 6° rodada no último draft, esteve bem como substituto de Slater. Além dos problemas na linha ofensiva, os Chargers estiveram desfalcados dos wide receivers Mike Williams e Keenan Allen em alguns jogos. Williams liderou a equipe com 895 jardas em recepções e 11 de suas recepções, produziram ganhos acima de 20 jardas, mas é questionável para essa partida, enquanto Allen, teve grandes performances na reta final da temporada e superou a marca de 100 jardas em recepções em duas das últimas três partidas. Bastante utilizado como opção em passes curtos no jogo aéreo, o running back Austin Ekeler, liderou o time com 127 recepções na temporada, porém, com média de apenas 6,7yds por recepção. Os wide receivers Joshua Palmer e DeAndre Carter e o tigh end Gerald Everett, são algumas das outras opções para o quarterback no jogo aéreo. Palmer teve 72 recepções para 769 jardas na temporada, mas gerou rating de apenas 89.7 para Herbert quando alvejado, enquanto Everett cometeu 9 drops.

Enquanto o jogo aéreo foi acima da média, o ataque comandado pelo coordenador ofensivo Joe Lombardi, não conseguiu estabelecer o jogo terrestre, ficando unilateral na maioria das vezes. Principal running back da equipe e também muito utilizado como recebedor em passes curtos no jogo aéreo, Austin Ekeler teve 204 tentativas de corrida na temporada, com média de 4,5yds por tentativa, mas construída por algumas corridas que resultaram em ganhos longos, enquanto que na maior parte do tempo, Ekeler foi bem menos efetivo do que a marca aponta, tendo terminado com média inferior a 4,0yds por carregada, em 10 das 17 partidas da equipe na temporada. Joshua Kelley, utilizado como running back de apoio, produziu média de 4,2yds por carregada e os scrambles do quarterback Justin Herbert, raramente resultaram em bons ganhos. A má produção do jogo terrestre, foi culpa exclusivamente dos corredores da equipe, já que o sistema de bloqueios, com a linha ofensiva contanto com o apoio dos tigh ends: Donald Parham, Tre' McKitty e do fullback Zander Horvath, criou espaços para as corridas.

Comandada pelo coordenador defensivo Renaldo Hill, com supervisão do head coach Brandon Staley, a defesa apresentou uma grande melhora contra o passe durante a temporada, com o pass-rush subindo de produção e com a secundária, mesmo desfalcada de J.C. Jackson e também de Bryce Callahan, este último, com chances de retorno nessa partida, se tornou mais consistente. Contra o jogo terrestre, porém, a defesa permaneceu bastante vulnerável, com os Chargers permitindo 17 touchdowns terrestres na temporada e média de 5,4yds por tentativa de corrida dos adversários, maior marca da liga. As constantes formações de blitz, que enviam: Khalil Mack, Kyle Van Noy, Drue Tranquill e Joey Bosa, além do safety Derwin James, deixam a defesa desprotegida contra a corrida, enquanto que na linha defensiva, apenas Sebastian Joseph-Day, com 9 tackles que geraram perda de jardas nos adversários, foi realmente eficaz contra a corrida, enquanto Morgan Fox, foi produtivo no pass-rush, mas constantemente dominado pelos bloqueadores em snaps de corrida dos adversários. Com Joey Bosa lesionado durante grande parte da temporada, Khalil Mack, um dos principais reforços da equipe para essa temporada, liderou o time com 8,0 sacks, ma enfrentando bloqueios duplos em grande parte das vezes, obteve apenas 18 pressões. Mack também forçou e recuperou 2 fumbles. Na secundária, o safety Derwin James Jr., eleito para o Pro Bowl, ainda se destacou na cobertura, mas Asante Samuel Jr., principal cornerback da equipe, oscilou bastante durante a temporada, tendo permitido recepções em apenas 55,2% dos passes lançados em sua direção, mas com 7 touchdowns sofridos. Michael Davis foi o destaque da secundária e além de ter desperdiçado apenas um tackle durante toda a temporada, teve 15 passes desviados, com quarterbacks conseguindo rating médio de apenas 66.2 em passes na direção de Davis na cobertura.

DeAndre Carter esteve bem nos retornos de punt, produzindo média de 11,7yds por tentativa, mas foi menos efetivo nos retornos de kickoffs, com média de apenas 19,1yds por tentativa. Comandado pelo coordenador Ryan Ficken e com: Troy Reeder, Amen Ogbongbemiga e Deane Leonard como destaques, o special team fez um ótimo trabalho na cobertura dos chutes, limitando os adversários a médias de: 21,1yds nos retornos de kickoffs e apenas 3,1yds nos retornos de punt, menor marca da liga. Novato, o kicker Cameron Dicker, converteu 19 de 20 tentativas de field goal, com seu único erro vindo na única tentativa que teve para mais de 50 jardas. O punter JK Scott, teve baixo alcance nos chutes, que viajaram apenas 43,8yds em média e precisão mediana.

Um dos times que mais investiram na última offeason, os Jaguars (Seed #4 da AFC), passaram de uma campanha de 3-14 W/L na última temporada para 9-8 W/L nessa, o que em uma AFC South bastante fraca, garantiu ao time o título da divisão e consequente vaga nos playoffs, com vantagem do mando de campo nessa fase de Wild Card. Os Jaguars tiveram a 2° tabela mais fácil da liga na temporada regular.

Sob o comando do head coach Doug Pederson, o quarterback Trevor Lawrence, 1° escolha geral do draft de 2021, apresentou grande evolução em sua 2° temporada na liga, passando de um rating de 71.9 em sua temporada de calouro, para 95.2 nessa temporada. Lawrence cuidou melhor da bola, lançando apenas 8 interceptações, enquanto completou 66,3% de seus passes, com média de 7,0yds por tentativa. O quarterback tem status de questionável para essa partida, mas treinou durante a semana. Lawrence foi muito bem protegido por sua linha ofensiva nessa temporada, sendo pressionado em apenas 17,5% dos dropbacks e sofrendo sacks em 4,5%, 4° menor marca da liga. A OL, porém, perdeu o left tackle Cam Robinson por lesão, com o jogador sendo um dos pontos fortes do grupo, junto ao guard Tyler Shatley, enquanto o guard Brandon Scherff, um dos grandes nomes da linha, não teve um ano e permitiu 6 sacks na temporada, 3° maior marca de um jogador de sua posição. Reformulado, o grupo de recebedores forneceu bom apoio a Lawrence, com os wide receivers Christian Kirk e Zay Jones e o tigh end Evan Engram, sendo as principais ameaças de alvos da equipe no jogo aéreo, além do running back Travis Etienne Jr., que trabalha como alvo em passes curtos e que produziu média de 9,0yds por recepção. Kirk e Jones, combinaram para: 166 recepções, 1,931 jardas e 13 touchdowns, enquanto Engram teve sua melhor temporada da carreira, cometendo apenas 5 drops e gerando rating de 110.3 para Lawrence quando alvejado. Jamal Agnew e o veterano Marvin Jones Jr., também são opções de alvos no jogo aéreo, mas Agnew é pouco acionado, enquanto Jones Jr. agarrou apenas 56,7% dos passes lançados em sua direção nessa temporada.

Além da boa produção do jogo aéreo, o ataque também foi efetivo quando a equipe optou por corridas. 25° escolha geral do último draft, o running back Travis Etienne Jr., ultrapassou a marca de mil jardas em sua temporada de calouro, anotando 5 touchdowns, com média de 5,1ds por carregada. Etienne Jr, porém, teve problemas com fumbles, cometendo 3, enquanto o quarterback Trevor Lawrence, teve 5 fumbles na temporada. JaMycal Hasty funcionou como running back de apoio, mas foi menos eficiente em suas tentativas, enquanto Pederson também envolveu os wide receivers: Jamal Agnew, Zay Jones e Christian Kirk o tigh end Evan Engram em jogadas de corrida, que no geral, não resultaram em muitas jardas. Lawrence é móvel e também contribuiu para a produção do jogo terrestre, com média de 4,7yds por tentativa de corrida. A linha ofensiva esteve bem na abertura de espaços para o jogo terrestre, com os tigh ends Chris Manhertz e Luke Farrell utilizados como bloqueadores extra em alguns snaps, com Ferrell em especial, tendo feito um ótimo trabalho na função.

Comandada pelo coordenador defensivo Mike Caldwell, a defesa apresentou falhas contra o jogo aéreo em alguns momentos na temporada, mas ainda terminou com números próximos a média da liga contra o passe e foi eficiente na contenção ao jogo terrestre, limitando os adversários a 4,2yds em média por tentativa de corrida. Os Jaguars geraram pressão sobre os quarterbacks adversários em 25,1% dos dropbacks, mas não foram capazes de converter as pressões em sacks, conseguindo sacks em apenas 5,5% dos dropbacks, 5° menor marca da liga. Dawuane Smoot, um dos principais nomes do pass-rush, se lesionou na semana 16 na partida contra os Jets e está fora dos playoffs, enquanto Josh Allen e o novato Travon Walker, foram responsáveis pela maioria das pressões obtidas pela defesa, com Allen liderando o time com 6,0 sacks. Folorunso Fatukasi foi o ponto fraco de uma linha defensiva que contou com bons desempenhos de Roy Robertson-Harris e DaVon Hamilton, enquanto o linebacker Foyesade Oluokun, foi um dos maiores contribuintes para o bom desempenho da defesa contra a corrida, com 12 tackles que geraram perda de jardas nos adversários, além de ter forçado e recuperado dois fumbles. Na secundária, Darious Williams, um dos reforços da equipe para essa temporada e campeão do último Super Bowl pelos Rams, foi o destaque, permitindo recepções em apenas 50,5% dos passes lançados em sua direção, limitando os quarterbacks a um rating médio de 68.7 quando desafiado na cobertura. O cornerbacks Tyson Campbell, também teve um bom desempenho, mas o safety Andre Cisco, importante na contenção ao jogo terrestre, falhou bastante na cobertura, assim como Tre Herndon, utilizado no slot em formações de nickel.

No special team, Jamal Agnew produziu médias de: 26yds nos retornos de kickoffs e 8,2yds nos retornos de punt, colocando o ataque em boas posições de campo. Caleb Johnson e Shaquille Quarterman se destacaram como jogadores de special team e juntos, interromperam 32 retornos na temporada, com cada um também tendo forçado um fumble em tentativas de retornos dos adversários. Oa Jaguars limitaram os oponentes a médias de: 21,5yds nos retornos de kickoffs e 7,0yds nos retornos de punt. O kicker Riley Patterson, converteu 30 de 35 tentativas de field goal nessa temporada, indo 2/3 em chutes para mais de 50 jardas. O punter Logan Cooke, não teve grande precisão nessa temporada, com 10,3% de seus punts se transformando em touchbacks, mas Cooke ainda apresentou longo alcance, com seus chutes viajando 49,3yds em média, 3° maior marca da liga.

Lesões

Los Angeles Chargers

Christian Covington (DT, Inativo), Joe Gaziano (DE, Inativo), Jalen Guyton (WR, Inativo), Kemon Hall (CB, Inativo), Dustin Hopkins (K, Inativo), J.C. Jackson (CB, Inativo), Austin Johnson (DT, Inativo), Damon Lloyd (LB, Inativo), Forrest Merrill (DT, Inativo), Otito Ogbonnia (DT, Inativo), Richard Rodgers (TE, Inativo), Rashawn Slater (OT, Inativo), Andrew Trainer (OT, Inativo), Isaac Weaver (C, Inativo) e Mike Williams (WR, Out).

Jacksonville Jaguars

Jamal Agnew (WR, Questionável), Ben Bartch (G, Inativo), Shaquill Griffin (CB, Inativo), Willie Johnson (WR, Inativo), Trevor Lawrence (QB, Questionável), Ross Matiscik (C, Questionável), Kendric Pryor (WR, Questionável), Calvin Ridley (WR, Inativo), Cam Robinson (OT, Inativo), Brandon Scherff (G, Questionável), Jordan Smith (LB, Inativo) e Dawuane Smoot (DE, Inativo).

A Linha

Linha Projetada: Jacksonville Jaguars -5
Total Projetado: 49

Registros: Chargers 11-5-1 ATS e 7-9-1 O/U, Jaguars 8-9 ATS e 8-9 O/U.

A linha foi abera em Chargers -1 e subiu durante a semana, chegando a -2,5 em alguns sportbooks. 51% das apostas até o momento, vieram no handicap dos Chargers.

O total foi aberto em 47 e ganhou um gancho em alguns sportbooks, indo para 47,5. 66% das apostas até o momento, vieram no over.

Onde está o valor?

Minha projeção, que aponta Jaguars -5 como uma linha justa para essa partida, é bem distante da linha atual dos sportbooks, que tem os Chargers favoritos por 2 pontos fora de casa.

De certa forma, eu entendo a linha solta pelos oddmakers, já que a defesa dos Chargers contra o jogo aéreo, melhorou bastante durante a temporada, enquanto que os Jaguars, tiveram dificuldades contra fortes ataques aéreos e os bons números da defesa, no geral, foram construídos contra uma concorrência fraca. O fato de Trevor Lawrence ainda estar listado como questionável, também contribui para essa linha.

No entanto, tenho os Jaguars como um time melhor, mesmo que eles tenham ganho um jogo a menos do que os Chargers na temporada regular. Me parece que uma possível e improvável ausência de Lawrence, já está precificada na linha e os Jaguars comandados por Doug Pederson, possuem um ataque mais equilibrado e menos dependente da produção do jogo aéreo do que o de Los Angeles, enquanto a defesa pode ser inferior contra o jogo aéreo, mas é muito mais eficaz contra o jogo terrestre, quesito que os Chargers não apresentaram nenhuma evolução durante a temporada.

Apesar da grande distorção, creio que minha projeção é mais próxima das probabilidades reais da partida do que a atual dos sportbooks e vejo os Jaguars underdogs em casa, como um dos melhores valores dessa rodada de Wild Card. 


Palpite: Jacksonville Jaguars +2 @1.97

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