Palpite: New York Giants +3 @1.86
New York Giants +3,5
Odds Atual: 1.86
Odds do Palpite: 1.86
Palpite: NFC Wild Card - New York Giants x Minnesota Vikings - NFL Playoffs - 15/01
Duas grandes surpresas dessa temporada, New York Giants e Minnesota Vikings se enfrentam no U.S. Bank Stadium no fim da tarde do domingo, pela rodada de Wild Card dos playoffs da NFL. A partida terá transmissão ao vivo para o Brasil pela ESPN2.
Local do evento: Minneapolis - Minnesota
As equipes se enfrentaram na semana 16 e os Vikings venceram em casa por 27x24 como favoritos por 4,5pts no handicap. O total, definido em 48 naquela partida, terminou em over.
O U.S. Bank Stadium é um estádio fechado, portanto, condições climáticas externas, não afetarão diretamente a partida.
No 1° ano do head coach Brian Daboll, os Giants (Seed #6 da NFC) retornaram aos playoffs, após cinco temporadas de eliminações na temporada regular. A equipe surpreendeu no início da temporada, vencendo seis de oito partidas até uma bye week na semana 09, mas foi menos consistente desde o retorno, com apenas três vitórias nos últimos nove jogos. Com playoffs expandidos, os Giants obtiveram a vaga nos playoffs através do Wild Card, terminando em 3° na NFC East, com campanha de: 9-7-1 W/L, melhor campanha da equipe desde a temporada 2016/17.
No sistema do head coach Brian Daboll e do coordenador ofensivo Mike Kafka, o quarterback Daniel Jones, teve sua melhor temporada da carreira, completando 67,2% de seus passes, com média de 6,8yds por tentativa, lançando para 15 touchdowns, 5 interceptações e terminando a temporada regular com rating de 92.5. Em um ataque cuja a prioridade é estabelecer o jogo terrestre, Jones foi limitado a tentativas de passes curtos, mas cuidou bem da bola, mostrando boa precisão e relizando poucos lançamentos ruins. Parcialmente reformulada, a linha ofensiva não apresentou uma melhora tão grande quanto era esperado e Jones ainda lidou com muita pressão no pocket, sendo pressionado em 25,1% dos dropbacks, sofrendo sacks em 8,6%, 6° maior marca da liga e pior entre as equipes que avançaram aos playoffs. O left tackle Andrew Thomas, que permitiu apenas 3 sacks em 1049 snaps na temporada, esteve entre os melhores de sua posição nessa temporada, mas a OL sofreu com más peformances do center Jon Feliciano, do guard Mark Glowinski e principalmente do righ tackle novato Evan Neal, 7° escolha geral do último draft, mas que permitiu 7 sacks na temporada. Além da má proteção da linha ofensiva, Jones também não contou com boas performances de seus recebedores, com a equipe desfalcada dos wide receivers Wan'Dale Robinson e Sterling Shepard. Mesmo alvejados em passes curtos na maioria das vezes, os recebedores dos Giants cometeram drops em 6,5% dos passes, 8° maior marca da liga. O running back Saquon Barkley, foi o alvo mais acionado por Jones, sendo a principal opção em passes curtos, mas não produziu muito como recebedor, com média de apenas 5,9yds por recepção, não tendo anotado touchcdowns no jogo aéreo, enquanto Darius Slayton, uma das poucas opções para passes em profundidade, liderou a equipe com 724 jardas em recepções, mas também cometeu 7 drops em 16 partidas. Alinhando no slot, o wide receiver Richie James foi um dos alvos mais confiáveis para Jones, tendo agarrado 81,4% dos passes lançados em sua direção, anotando 4 touchdowns. O tigh end Daniel Bellinger, que perdeu algumas partidas por lesão, também esteve bem como opção no jogo aéreo, com 30 recepções e média de 8,9yds por recepção. Pouco utilizado no início da temporada, Isaiah Hodgins emergiu como uma opção no jogo aéreo na reta final da temporada, anotando um total de 4 touchdowns entre as semanas 13 e 17, com sua melhor performance tendo vindo justamente no confronto contra os Vikings na temporada regular, quando Hodgins agarrou 8 de 12 passes lançados em sua direção, anotando um touchdown e terminando com 89 jardas em recepções.
O jogo terrestre foi a força do ataque dos Giants nessa temporada, com a equipe optando pela corrida em quase metade dos snaps ofensivos. Principal running back da equipe, Saquon Barkley correu para 1,312 jardas na temporada regular, com 10 touchdowns e média de 4,4yds por carregada. Móvel, o quarterback Daniel Jones, também foi peça importante do jogo terrestre, terminando a temporada com 708 jardas terrestres, com média de 7,5 tentativas de corrida por jogo. Matt Breida e Gary Brightwell, funcionam como running backs de apoio, mas Breida produziu pouco em suas tentativas. A linha ofensiva, contando com o apoio dos tigh ends Daniel Bellinger e Chris Myarick, se saiu melhor na abertura de espaços para o jogo terrestre do que na proteção ao quarterbacks.
A defesa terminou a temporada com bons números contra o jogo aéreo, conseguindo apenas 6 interceptações, mas com quarterbacks completando só 61,4% das tentativas de passe contra os Giants, sendo limitados a um rating médio de 89.9. O coordenador defensivo Don Martindale, utilizou blitz em 39,7% dos snaps defensivos, maior marca da liga, mas o pass-rush foi apenas mediano, produzindo sacks em 6,7% dos dropbacks adversários. Eleito para o Pro Bowl e uma presença dominante pelo interior da DL, Dexter Lawrence liderou o time com 36 pressões e 7,5 sacks, enquanto: Kayvon Thibodeaux, Leonard Williams, Jihad Ward e Azeez Ojulari, também foram peças importantes no pass-rush. Williams e Ojulari, porém, são questionáveis para essa partida. Na secundária, o cornerback Adoree' Jackson, que não atua desde a semana 10 e que é questionável para esse jogo, foi o principal destaque, permitindo que apenas 51,7% dos passes lançados em sua direção na cobertura, fossem completados. A ausência de Jackson, coincindiu com uma piora da defesa na contenção ao jogo aéreo na reta final da temporada. O principal problema da defesa dos Giants, porém, é o combate ao jogo terrestre, a equipe permitiu média de 5,2yds por tentativa de corrida dos adversários na temporada, 3° maior marca da liga. O safety Julian Love, identificou bem as corridas, liderando o time em tackles e com 6 tackles que geraram perda de jardas nos adversários, enquanto os linebackers Jaylon Smith e Micah McFadden, também tiveram um bom desempenho contra o jogo terrestre. Na rotação da linha defensiva, porém, apenas Dexter Lawrence e Kayvon Thibodeaux foram eficazes combatendo a corrida e as constantes chamadas de blitz do coordenador Don Martindale, deixaram a defesa desprotegida contra o jogo terrestre no segundo nível.
Gary Brightwell e Richie James, não produziram muito nos retornos, com Brightwell terminando a temporada com média de 21,3yds em retornos de kickoffs, enquanto James teve média de 7,3yds nos retornos de punt. Comandado pelo coordenador Thomas McGaughey, o special team teve dificuldade na cobertura dos chutes, permitindo médias de: 25,6yds para os adversários nos retornos de kickoffs e 9,9yds nos retornos de punt. O kicker Graham Gano, converteu 29 de 32 tentativas de field goal, indo 8/9 em chutes para mais de 50 jardas, com o acerto mais longo vindo em uma tentativa de 57 jardas. O punter Jamie Gillan, que teve um chute bloqueado na temporada, foi um dos pontos fracos do special team, com baixo alcance e má precisão nos chutes. Os punts de Gillan, viajaram apenas 46,2yds em média e 12% deles resultaram em touchbacks, 4° maior marca da liga.
Assim como os Giants, adversários neste Wild Card, os Vikings (Seed #3 da NFC) também são comandados por um head coach de 1° ano, Kevin O'Connell, que conduziu a equuipe a uma campanha de 13-4 W/L e ao título da NFC North. A equipe venceu cinco de suas seis primeiras partidas na temporada regular, mas diferente dos Giants, não apresentou uma grande queda de desempenho após o retorno da bye week, tendo ganho 8 dos últimos 11 jogos.
Se adaptando ao sistema do head coach Kevin O'Connell, Kirk Cousins ainda terminou a temporada com números acima da média, apesar de ter oscilado de produção em alguns momentos. Cousins não foi solicitado a realizar muitos passes longos, mas mostrou boa precisão nos passes curtos, completando 65,9% de suas tentativas, com média de 7,1yds por tentativa, lançando para 29 touchdowns e 14 interceptações, com rating de 92.5. A linha ofensiva ainda permitiu muita pressão sobre os quarterback, mas Cousins lidou bem a pressão, sofrendo sacks em apenas 6,5% dos dropbacks. O left tackle Christian Darrisaw, foi o grande destaque da OL, terminando entre os melhores da posição na proteção ao quarterback, mas o guard novato Ed Ingram, uma escolha de 2° rodada no último draft, decepcionou em sua temporada de calouro e permitiu 11 sacks, maior marca de um guard nessa temporada. O wide receiver Justin Jefferson, teve uma temporada fantástica e foi o alvo principal no jogo aéreo de Minnesota, terminando com: 128 recepções, 1,809 jardas e 8 touchdowns. Adam Thielen funcionou como wide receiver #2 e também teve um bom desempenho, enquanto K.J. Osborn, alinhando no slot, anotou 5 touchdowns e teve média de 10,8yds por recepção. O tigh end T.J. Hockenson, que chegou ao tim através de uma troca com os Detroit Lions durante a temporada, se transformou em um alvo constante de Cousins, que para os playoffs, também terá à disposição o tigh end Irv Smith Jr., que perdeu parte da temporada por lesão. Principal running back da equipe, Dalvin Cook é outra opção de alvo no jogo aéreo, trabalhando em passes curtos.
Os problemas da linha ofensiva, também afetaram o jogo terrestre, que foi bem menos eficiente nessa temporada. O'Connell deu prioridade ao jogo aéreo e a equipe produziu médias de apenas: 97,7 jardas terrestres por jogo e 4,1yds por tentativa de corrida. Dalvin Cook ultrapassou a marca das mil jardas, mas não foi tão eficiente, com média de 4,4yds por carregada, enquanto Alexander Mattison, que deveria funcionar como running back de apoio, dividindo a carga de carregadas com Cook, não teve um bom ano, com média de apenas 3,8yds em suas tentativas. Os wide receivers Jalen Reagor e Justin Jefferson, também foram envolvidos no jogo terrestre por O'Connell em algumas jogadas, assim como o fullback C.J. Ham, que anotou 2 touchdowns em descidas curtas. Ham também foi bastante utilizado no apoio a linha ofensiva nos bloqueios, com o tigh end Johnny Mundt, também realizando a função.
Comandada pelo coordenador defensivo Ed Donatell, a defesa não esteve bem e o foi o ponto fraco dos Vikings nessa temporada. O linebacker Eric Kendricks e os defensive tackles Harrison Phillips e Dalvin Tomlinson, foram pontos fortes na contenção ao jogo terrestre, mas a equipe permitiu média de 4,5yds por tentativa de corrida para os adversários, enquanto que contra o passe, os Vikings permitiram que os quartertbacks adversários completassem 66,1% de seus passes, com média de 7,7yds por tentativa e rating médio de 91.6. Com os linebackers Eric Kendricks e Jordan Hicks, falhando na cobertura, a equipe teve dificuldades para conter passes intermediários, enquanto que o grupo de cornerbacks, teve diversas alterações durante o ano. O veterano Patrick Peterson, com 5 interceptações na temporada, esteve bem na secundária, junto com Duke Shelley, que ganhou espaço na defesa nas últimas semanas e que limitou os quarterbacks a um rating de 55.2 quando desafiado na cobertura, mas: Chandon Sullivan, Cameron Dantzler e Camryn Bynum, não estiveram bem, especialmente Bynum, que permitiu 8 touchdowns na temporada. Za'Darius Smith e Danielle Hunter combinaram para 20,5 sacks e 71 pressões na temporada, mas foram os únicos membros efetivos de um pass-rush que produziu pressão sobre os quarterbacks em apenas 19,5% dos dropbacks e que conseguiu sacks em 5,8%.
Kene Nwangwu anotou um touchdown através de um retorno de kickoff e terminou com média de 26,3yds por tentativa de retorno nos kickoffs, enquanto que Jalen Reagor, foi menos efetivo nos retornos de punt, com média de apenas 6,4yds por tentativa. A cobertura nos punts funcionou bem, com a equipe tendo limitado os adversários a uma média de 7,7yds por tentativa de retorno, mas o special team apresentou falhas na cobertura dos kickoffs, permitindo um touchdown e média de 26,2yds por tentativa de retorno dos adversários. O kicker Greg Joseph, converteu 26 de 33 tentativas de field goal, indo 4/10 em chutes para mais de 50 jardas. O punter Ryan Wright, foi o grande destaque do special team, mostrando bom alcance, com seus chutes viajando média de 47,4yds e excelente precisão. 43,2% dos punts execultados por Wright, posicionaram o oponente na linha de 20 jardas ou menos de seu próprio campo e apenas 1,4% deles, resultaram em touchbacks, menor marca da liga.
Lesões
New York Giants
Darrian Beavers (LB, Inativo), D.J. Davidson (DT, Inativo), Joshua Ezeudu (G, Inativo), Adoree' Jackson (CB, Questionável), Collin Johnson (WR, Inativo), Shane Lemieux (G, Inativo), Marcus McKethan (G, Inativo), Azeez Ojulari (LB, Questionável), Jason Pinnock (S, Questionável), Aaron Robinson (CB, Inativo), Wan'Dale Robinson (WR, Inativo), Sterling Shepard (WR, Inativo), Elerson Smith (LB, Inativo), Leonard Williams (DE, Questionável) e Nick Williams (DT, Inativo).
Minnensota Vikings
Brian Asamoah (LB, Questionável), Andrew Booth (CB, Inativo), Garrett Bradbury (C, Questionável), Blake Brandel (OT, Inativo), Lewis Cine (S, Inativo), Cameron Dantzler (CB, Questionável), Ben Ellefson (TE, Inativo), Thomas Hennigan (WR, Inativo), Bisi Johnson (WR, Inativo), James Lynch (DT, Questionável), Brian O'Neill (OT, Inativo), Austin Schlottmann (G, Inativo), Harrison Smith (S, Questionável), Za'Darius Smith (LB, Questionável) e Kenny Willekes (DE, Inativo).
A Linha
Linha Projetada: Minnesota Vikings -4,5
Total Projetado: 48,5
Registros: Giants 13-4 ATS e 7-9-1 O/U, Vikings 7-9-1 ATS e 11-6 O/U.
A linha foi aberta em Vikings -3 e não sofreu alterações. 58% das apostas até o momento, vieram no handicap dos Giants.
O total foi aberto em 47,5 e subiu, chegando a 48,5 em alguns sportbooks. 63% das apostas até o momento, vieram no handicap dos Giants.
Onde está o valor?
Duas equipes superestimadas e que não fizeram jus aos seus recordes nessa temporada, com ambas tendo terminado a temporada regular com diferencial de pontos negativo. Minha projeção sugere que os Vikings estão sendo desvalorizados nessa linha e que eles são pouco melhores do que os Giants, além de possuírem a vantagem do mando de campo, mas a distorção entre a minha projeção e a linha atual dos sportbooks, vem principalmente da produção esperada do special team de Minnesota, bastante superior ao de New York, mas que não creio que possa impactar tanto o jogo quanto meus números sugerem.
Os Giants foram uma das maiores surpresas dessa temporada, passando de um recorde de 4-13 W/L na última temporada para 9-7-1 nessa e fizeram isso em uma divisão mais competitiva do que a NFC North, onde os Vikings se sagraram campeões de divisão. A defesa dos Giants piorou contra o passe durante a temporada e foi péssima na contenção ao jogo terrestre, mas os Vikings ainda oscilaram bastante de produção no jogo aéreo, mesmo com a excelente temporada de Justin Jefferson, enquanto que diferente dos Giants, não foram capazes de estabelecer o jogo terrestre e apresentaram uma defesa bastante vulnerável contra o passe, permitindo que os quarterbacks completassem 66,1% dos passes, com média de 7,7yds por tentativa e rating de 91.6.
Excluindo quesitos menores como o special team da equação, vejo os Giants como uma equipe melhor do que os Vikings nesse momento e o suficiente para que Minnesota não merecesse nem a vantagem do mando de campo na linha, que normalmente flutua entre -2 e -3, com isso e indo na direção contrária a da minha projeção, gosto dos Giants como underdogs fora de casa nesse jogo.