Pelé ou Maradona? Especialistas comparam regulação das apostas no Brasil e na Argentina
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Rivais históricos no futebol, Brasil e Argentina apresentam muitas diferenças no mercado de jogos e apostas. Enquanto no Brasil a regulamentação aconteceu recentemente, com a publicação da MP 1182/23, no final de julho, na Argentina, o setor já é regulado há alguns anos e acontece ao nível estadual, pois cada região tem autonomia para criar suas leis com relação às apostas. A tempo, Pelé continua tendo mais títulos mundiais que a Argentina.
Voltando o foco para um setor em que a Argentina está a frente do Brasil, quem compara o mercado de apostas esportivas nesses dos países, é o advogado Eduardo Diamante Teixeira, sócio do Carlezzo Advogados e especialista em direito desportivo: "A regulamentação a nível regional facilitou com que a Argentina saísse na frente do Brasil. A província de Buenos Aires, por exemplo, possui legislação regulamentando a matéria desde 2019", explica o advogado.
Para Cristiano Maschio, fundador e CEO da Qesh, instituição de pagamento que visa a facilitar operações no setor de jogos online no Brasil, é urgente que o texto da MP seja colocado em prática, e se regulamente o segmento de jogos de azar no país, "seja a nível estadual ou federal".
"Veja como a Argentina se saiu bem ao dar essa responsabilidade para os governos regionais. Eles foram rápidos e já estão colhendo os frutos. Aqui no Brasil, apesar da gente ter começado a regular, parece que o jogo ainda não começou de verdade", aponta Maschio.
Outro ponto distinto entre Brasil e Argentina está no envolvimento das casas de apostas com os clubes de futebol na divisão de elite. Enquanto por aqui, 19 dos 20 times da Série A do Brasileirão possuem acordos com empresas de apostas - praticamente 100 % -, no país vizinho, apenas 30 % dos clubes são patrocinados por plataformas do segmento.
"Não podemos deixar de falar do volume de dinheiro em forma de patrocínio que as casas de apostas estão colocando nos nossos times de futebol. Aqui no Brasil, quase todos os times da elite já têm patrocínio dessas empresas. Isso mostra o quão importante é esse mercado para o futebol", explica o fundador e CEO da Qesh,
Vale lembrar que no Campeonato Brasileiro da Série A, apenas o Cuiabá não possui acordo de patrocínio com uma plataforma de apostas. Já no Campeonato Argentino, dos 28 clubes da elite, apenas 9 possuem parceria com empresas de apostas: Atlético Unión de Santa Fé, Boca Juniors, Belgrano, Instituto Atletico Central, Godoy Cruz, Racing Club, River Plate, Rosário Central e Vélez Sarsfield.
"Se fizermos uma análise das casas de apostas que patrocinam os clubes argentinos, podemos verificar que todas já operam regularmente no país e são hospedadas com domínio argentino '.ar', o que significa que o governo argentino já está arrecadando tributos e gerando empregos com o mercado das apostas esportivas, o que ainda não ocorre no Brasil", avalia Diamante.
"O Brasil é um dos últimos países do G20 a regulamentar as apostas esportivas. Olhando o lado cheio do copo, devemos utilizar essa condição como uma vantagem competitiva de poder avaliar as lições aprendidas em cada um desses países e implementar uma regulamentação que, ao mesmo tempo, proteja os jogadores, atraia investidores e estimule o crescimento do mercado, gerando empregos qualificados, impostos e desenvolvimento no Brasil, de uma indústria relevante em todo mundo", complementa Marcos Sabiá, CEO do galera.bet.
"Perceba o quanto de dinheiro esse mercado pode girar. Olhando para os nossos vizinhos argentinos, a gente vê que quando o jogo é bem organizado, o mercado de apostas pode encher os cofres do país com impostos e ainda criar milhares de empregos", finaliza Maschio.
(Foto: Alana Souza e Ton Souza/Pexels)