Presidente de CPIFUTE defende proibição de apostas em cartões, escanteios e pênaltis
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O deputado federal Júlio Arcoverde (PP-PI), que preside a CPIFUTE, que investiga a manipulação de resultados no futebol brasileiro visando ao lucro com apostas esportivas, defendeu a proibição de apostas em lances isolados, como cartões, escanteios e pênaltis. Para o parlamentar, as apostas apenas em resultados de jogos diminuiriam as chances de tentativas de manipulação no esporte.
O presidente da CPIFUTE, que essa semana ouviu o jogador Romário, defendeu a exclusão das apostas em "acessórios do futebol" no Brasil, e citou um formato utilizado na França para justificar sua opinião. De acordo com o deputado, a limitação das apostas diminuiria o leque de possibilidades de manipulação de resultados.
"O modelo adotado na França, acho que pode ser adotado no Brasil, com a criação de uma agência reguladora. Lá é proibido apostar em acessórios do futebol, como escanteios, pênaltis, cartão amarelo, lateral, etc. Você aposta no resultado do primeiro tempo, do segundo tempo e no resultado final. Acho que isso você já tira muito da manipulação." – defendeu Arcoverde.
Ainda, segundo o parlamentar, a CPI deve, além de atribuir punições, propor projetos de fiscalização das apostas esportivas no Brasil. O deputado, mais uma vez, reafirmou a importância da regulamentação das apostas no país, para combater a manipulação de resultados, que é uma questão a ser combatida em todo o mundo.
"A CPI tem que ser fundada na punição, mas também propositiva. Que paralelo à CPI, a gente possa preparar um projeto de lei para fazer uma regulamentação junto com o Ministério da Fazenda. Posso citar a França, que tem uma agência reguladora de apostas. São várias propostas, estamos estudando o que está acontecendo no mundo, porque não é um problema só do Brasil."
Vale destacar que o presidente em exercício da CPI na tarde da última terça-feira (20), o deputado André Figueiredo. (Bloco/PDT – CE), disse ter visitado a Federação Francesa de Futebol e afirmou que “eles têm hoje uma agência nacional de jogos. E uma das questões proibidas na França foram apostas sem ser em resultados, sejam eles parciais, do primeiro tempo, sejam finais, do jogo como um todo. Todas essas apostas de cartão amarelo, pênalti, laterais e escanteios, a Federação Francesa oficialmente não reconhece e não aposta”.
(Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados)