Betsson, Betway, Betano e mais casas de apostas são proibidas de operar no Chile
A Betsson é uma casa pertencente ao Swedish Betsson AB, um dos maiores grupos de jogos do mundo e que opera neste ramo há mais de 50 anos. Atualmente patrocina a Inter de Milão, o Boca Juniors, o Racing e o Atlético Nacional.
Na noite da última terça-feira (12), a Suprema Corte do Chile proibiu mais de 20 plataformas de apostas online de operarem no país. Entre as operadoras proibidas, estão a Betsson, que é patrocinadora dos principais campeonatos de futebol do país, a Betway e a Betano. Vale destacar que ainda não há prazo estipulado para que a decisão judicial seja cumprido e os sites estejam fora do ar.
A sentença foi proferida após ação judicial da Polla Chilena de Beneficência, única empresa autorizada a realizar apostas no Chile, contra o provedor de internet Mundo Pacífico, acusado de promover estas plataformas. Apesar de ainda não ter prazo para ser cumprida, a decisão abre um precedente no Chile, pois estabelece que, com exceção da Polla Chilena, as demais casas de apostas operam fora da lei.
De acordo com a Suprema Corte Chilena, o provedor Mundo Pacífico "não pode transmitir, nem promover jogos de azar, a menos que acredite ter autorização legal e de autoridade administrativa, devendo, portanto, bloquear imediatamente todos os sites solicitados".
Vale lembrar que a Betsson mantém parceria com a Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP) do Chile, após um acordo de patrocínio firmado no início do ano. Pelo contrato, a primeira e a segunda divisões chilenas de futebol, adotaram o nome da empresa. Com a proibição de operação no país, a ANFP deixará de receber US$ 2,5 milhões (R$ 12,2 milhões) por ano.
Além disso, a proibição afetará diretamente grandes clubes chilenos, como o Colo Colo, que possui acordo com a Coolbet; a Universidad de Chile, que mantém parceria com a Betano; e o Ñublense e o Everton, que mantêm contratos de patrocínio com a Betway. No início de setembro, o governo chileno ordenou à ANFP que rescindisse os contratos com as casas de apostas no prazo de 30 dias, por considerá-los ilegais.
(Foto: Universidad de Chile/Redes Sociais)
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